Nada passa por nós sem deixar uma “poeira”, e a primeira poeira é a da herança genética, que tanto pode ser uma benção quanto uma danação pelo resto dos tempos, vai saber… Ainda bem que essa herança genética não passa de uns 30% das “poeiras” de pai e mãe. O mais na vida são “poeiras” alheias ou por nós acumuladas, queiramos ou não. Tudo que nos passa pelos sentidos deixa alguma coisa dentro de nós; ou deixa muita coisa, tudo vai depender da predisposição do nosso jeito de ser com os estímulos que nos chegam aos sentidos. Vem dessa verdade a importância de estarmos atentos ao que nos chega aos sentidos, coisas boas que também podemos ter ou desenvolver ou coisas ruins que melhor é varrer para longe, afinal, são poeiras que nos vão incomodar. Um amigo, um conhecido, que visivelmente não preste, deixá-lo de lado o mais cedo possível. Esse sujeito, ele ou ela, vai-nos “empoeirar”. Vale para os namoricos que se podem transformar em casamentos. Ele pigarreou mais forte, demonstrou um leve traço de prepotência sobre você? Mandar essa figura pastar, não deixar para depois. Ler bons livros, livros que nos inspirem, que nos eduquem, que nos façam crescer na vida, nunca se separar desses “amigos”. Todos os dias passam por nossos tímpanos sons, muitos chamam de música esses barulhos que andam por aí sem nenhuma qualidade a justificar serem chamados de música, “desligar”… Somos o que permitimos que nos deixe marcas mnemônicas, valores, credos, apreciações de todo tipo que nos passam pelos sentidos. Quer dizer, nós somos o que não pudemos evitar na primeira infância, no chamado período de molde, mas depois desse tempo somos os artífices da nossa vida, responsáveis pelo que adotamos e internalizamos. Vem dessa realidade a importância de nunca esquecermos o “espanador” de que permanentemente precisamos para afastar as “poeiras” negativas, bastam-nos as que o papai e a mamãe nos legaram… Fique claro, as poeiras indigestas que nos enfadam a vida, que nos estragam a saúde, que nos debilitam as possibilidades de sermos felizes dependem de nós. Mas também bom não esquecer, todas as poeiras que passam por nós deixam alguma coisa conosco. A melhor saída para combater as poeiras humanas é perceber e seguir as virtudes que bem podemos adotar. E nós sabemos delas, não somos tão ingênuos assim. Varrer as “poeiras”…
LER
Vou repetir uma obviedade (obviedade?): – “Quem lê sabe, quem lê jornal sabe mais”. Acabei de ler um dos quatro jornais que compro por dia e numa certa página um sujeito escreveu: – “A democracia depende da existência de uma população educada, culta e questionadora, assim a pregação totalitária depende de massas ignorantes, raivosas e obedientes…”. Verdade? Então o Brasil está ferrado, haja vista a maioria que anda por aí… Ferradíssimo!
PEDRAS
Todos nós temos pedras pelo caminho, e é problema nosso dar um jeito nessas pedras, mas… Criamos desculpas e achamos que não temos como tirar as pedras, temos sim. Casamento infeliz? Depende de você continuar infeliz. Salário merreca? De quem é a culpa? Não é do empregador. Saúde combalida? E essa saúde foi antes bem cuidada? As pedras no nosso caminho são colocadas por nós. Sem desculpas. Retirá-las ou lamentar. Ah, lamentar é mais fácil…
FALTA DIZER
Acabei de ler num jornal paulista… – “Por que tantas brasileiras engravidam na adolescência”? Primeiro, porque são órfãs de pais vivos, pais e mães safados, irresponsáveis, omissos. E depois, porque para fazer o vapt-vupt não é preciso escola, ô, aprendem direitinho. É isso.