A Reconstruão da ponte Francis Scott Key, destruída na madrugada desta terça-feira (26) após ser atingida por um navio cargueiro deve ser lenta, custosa e complexa, segundo o governo dos EUA.
“Ainda não conhecemos totalmente o estado das partes da ponte que ainda estão de pé ou que têm infraestrutura sob a superfície da água. A reconstrução não será rápida, fácil ou barata, mas lá chegaremos”, afirmou o secretário dos Transportes, Pete Buttigieg, em entrevista citada pela agência de notícias Efe.
Segundo Buttigieg, Biden deixou claro que “toda a administração dará apoio, em todos os aspectos, ao processo de recuperação e reconstrução”.
As prioridades no momento, segundo o secretário, são reabrir o porto, lidar com as perturbações da cadeia de abastecimento, reconstruir a ponte e lidar com as implicações do acidente para os transportes terrestres.
A reabertura do canal e do porto deve ser coordenada pela Guarda Costeira e o Corpo de Engenheiros do Exército. O impacto econômico ainda está sendo mensurado – apenas nas atividades portuárias, são 8 mil postos de trabalho diretos.
O navio cargueiro Dali, da Synergy Marine Group, de Singapura, atingiu um dos pilares da ponte Francis Scott Key, que desabou levando consigo vários veículos.
Após buscas nas águas, a Guarda Costeira dos EUA informou que, devido ao horário e a temperatura, considerava que os seis desaparecidos estavam mortos.
A polícia local e o secretário de Segurança Interna dos Estados Unidos, Alejandro Mayorkas, negaram haver indícios de que tenha se tratado de um ato terrorista, mas o FBI (a Polícia Federal norte-americana) já se juntou às investigações.
A ponte Francis Scott Key (batizada em homenagem ao autor da letra do hino norte-americano) era a maior da cidade do estado de Maryland, com 2.632 metros de comprimento, e suportava a passagem de mais de 11 milhões de veículos por ano.
Imortalizada na série norte-americana The Wire, começou a ser construída sobre o Rio Patapsco em 1972 e foi inaugurada em 23 de março de 1977.