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Sem desculpas – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

28/03/2024 - 07:03

Já disse aqui que acabou o tempo dos ingênuos. – Ah, mas o meu filho tem cinco anos, é uma criança, ingênua, não sabe nada da vida! Engano. Um guri de cinco anos, hoje, é um adulto. Comparado esse guri com um guri dos anos 50 do século passado, o do século passado era um coitadinho. As crianças de hoje? Ô, de assustar… Vamos lá, o ano letivo está ainda em seu início, que os vadios não venham mais tarde com desculpas, acusando professores, o colégio, a mãe Joana, tudo para esconder suas vadiagens, suas notas baixas. E isso vale para todos nós, adultos metidos a alguma coisa. Já coloquei nos meus arquivos sobre “Educação, Jovens e Colégios” uma reportagem de um jornal de Porto Alegre. A manchete é esta: – “Estudaram só em casa – e deu certo”. Jovens que passaram em vestibulares mais concorridos que disputa de porta-bandeiras de Escolas de Samba. Uma dificuldade daquelas, mas… Todos eles estudaram apenas em casa, sem cursinhos nem professores adjuntos. Nada. Vontade, vergonha na cara e fé. Um dos jovens, aprovado em Medicina, disse enfaticamente o seguinte: – “Não tem cronograma, cursinho, auditório climatizado ou professor fantasiado que vá te fazer aprender e absorver o conteúdo. A única coisa que vai te fazer passar é manter a cabeça funcionando, sentar na cadeira e estudar, estudar, estudar, ninguém pode fazer isso por ti”. Será preciso dizer mais? Aliás, vivo dizendo aqui que – “Se tu podes crer, tudo é possível ao que crê”. Crer não é ficar rezando e pedindo ajuda sem o sujeito levantar da cadeira dos confortos, isso é para vadios. Baita maioria. O que estou a dizer era para ser pregado no mural das escolas, os mandriões precisam ler sobre esses exemplos e parar de criar fantasias a lhes justificar a vadiagem. Um jovem que não trabalha, que não lava nem os pratos em casa, que não vai ao supermercado pela família, mas que se diz estudante tem que saber que seus fracassos não vêm da escola, seja a escola que for. Os fracassos vêm da vadiagem, do deixar para amanhã, do enganar a torcida, e a torcida são o pai e mãe. Tudo é possível ao que crê, ouviram, mandriões?

GEMIDOS

Quantos e quantos vivem gemendo sem dor? Gemidos emocionais de covardias. Digo isso pensando na Kate Middelton, 42, casada com um príncipe da família real britânica, mas… Sofrendo de um câncer. Sofrendo e ainda, aposto, mal-amada, sem abraços… Enquanto isso, quantos dos nossos amigos vibrando de saúde, mas gemendo pobrezas emocionais? Credo, que gentalha que não se olha no bom espelho da vida. Só existe uma “Realeza” e uma Riqueza, a da saúde.

ELAS

Pesquisa bem feita é coisa séria, revela as caras. A DataFolha pesquisou sobre o aborto e… “Apenas 6% dos brasileiros defendem o direito ao aborto em qualquer situação”. E 52% dizem que a mulher que aborta tem que ser presa. Será que esses “da boca para fora” que são contra o aborto o serão quando esse aborto envolver suas amantes, suas filhas ou irmãs? E se fossem os homens a engravidar, o aborto seria crime? Uma ova. Seria legalizado desde os tempos de Adão e Eva. A salinha dos fundos tem uma longa fila, ô…

FALTA DIZER

Sexo sem proteção, sem camisinha, só devia existir depois de os dois pombinhos desencarnarem, fariam então um sexo lindo, mas… Lá no céu. Fora disso, sexo sem proteção, sem no mínimo a camisinha, é danação certa para as mulheres. E elas reagem?

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.