Ribalta
O mesmo Mescolotto que depois chegou a presidir o Besc (já no período de incorporação e federalização pelo Banco do Brasil) e também a Eletrosul, quando a empresa ainda era estatal, coincidindo com o governo Lula.
Ela
Mas voltemos à Ideli Salvatti. Ela também ganhou visibilidade sobretudo pela atuação à frente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação. Foi o trampolim para a petista chegar à Assembleia Legislativa para um primeiro mandato.
Raspando
A petista conseguiu a reeleição. Mas passou raspando. A recondução foi no limite. Ideli entrou na última vaga. Com algo em torno de 15 mil votos lá em 1998. Em 2002, ao natural, seria candidata à reeleição. Mas não. Com uma reeleição ameaçada, colocou o nome ao Senado.
Onda vermelha
Força
Naquela eleição, o PT elegeu cinco federais por SC e nove estaduais na Alesc. Ela cumpriu o seu mandato, foi líder do PT no Senado; também foi líder do governo, ocupou três postos diferentes na Esplanada dos ministérios. No governo Dilma Rousseff, foi para a pasta dos Direitos Humanos, Pesca e Articulação Política.
Articulação
Era interlocutora do Planalto com o Congresso, mas se expôs demais e se queimou. Tanto é que, ao fim do mandato, concorreu ao governo em 2010, ficando em terceiro lugar. Essa eleição marcou a vitória, a primeira, de Raimundo Colombo, ainda no primeiro turno.
Fim de carreira
A votação de Ideli foi tão irrisória há 14 anos que ela nunca mais disputou uma eleição. Muito tempo depois, agora, há poucas semanas, tentaram especular o nome dela para disputar a prefeitura de Florianópolis. Não colou, evidentemente. Ideli teve a imagem muito atrelada ao desastre petista. Inclusive, com a derrocada de Dilma Rousseff, que foi cassada.
Geladeira
Ela ficou distante porque a sua presença atrapalhava o PT, mas agora com Lula novamente na Presidência da República, colocou o seu nome à disposição. O fato é que o PT não tem nenhuma chance na Capital. E muito menos com Ideli Salvatti. Mas logo depois dessa ventilação, ela já submergiu novamente porque o ex-vereador Lela foi o escolhido como nome petista. Ele esteve inclusive com Lula da Silva e Gleisi Hoffmann em Brasília.
Estarrecedor
Agora, para a surpresa geral, aquela mesma que foi acolhida em Santa Catarina, estado de um povo que lhe deu três mandatos, essa mesma senhora, representando um tal Instituto dos Direitos Humanos foi a São Paulo para homenagear o Padre Júlio Lancelotti, esse notório e controverso prelado, que nas últimas semanas estava mais nas páginas policiais. E foi tratado por Ideli como um bastião da democracia e dos direitos humanos no Brasil. Seria cômico se não fosse trágico.
Ódio vermelho
E ainda falou que Santa Catarina está difícil de viver porque é um estado carregado pelo ódio e que teria células neonazistas como em nenhum outro estado brasileiro.
Arquiteta
Ideli Salvatti espinafrou até mesmo a arquitetura da cidade de Balneário Camboriú. Que não só é uma cidade essencialmente empreendedora, mas também geradora de emprego, justamente por uma indústria da construção civil consolidada.
Torrou o filme
Falou uma asneira atrás da outra, a dona Ideli, e agora está sendo metralhada nas redes sociais. Se não gosta de Santa Catarina, da companhia dos catarinenses que a elegeram para três mandatos, que ela retorne ao estado de origem, sua terra natal, São Paulo. Por que continua em Santa Catarina e falando mal do estado fora daqui? Brincadeira tem hora.