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Vida e desejos – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

27/03/2024 - 07:03

Saber viver, quem sabe? O que é saber viver? Adão, mais que aborrecido, vivia perguntando isso a Eva, a pergunta é eterna. E será que alguém até hoje soube viver? Muitos viraram monges, isolaram-se em florestas, saíram da vida comum e se tornaram pensadores, sábios, isso e mais aquilo… Sim, e daí? E foram felizes? Duvido. De um lado existem os apegados, os que não se conseguem ver sem alcançar bens materiais de todo tipo, posições sociais, vaidades que fazem a pessoa pensar que ela é mais que outras pessoas… Coitadas. O diacho é que com o apego sofremos, sem o apego ficamos fingindo que não queremos, mas queremos. Impasses eternos, aliás, veio daí a velha expressão usada por pregadores religiosos: – “A felicidade não é deste mundo”. Temos que nos virar, temos que achar a porta da felicidade, afinal, não nascemos para ficar “solteiros”, sem ela, sem a felicidade ao lado… Ter um propósito é um anestésico, um bem, tanto pessoal quanto social. Acabo de ler uma manchete interessante, jornal de São Paulo: – “Escola tem que ser um lugar para sempre”. Virando a página, a reportagem trazia esta outra manchete: – “Educação continuada é meta para mais de 95% dos alunos de pós-graduação”. Estou de pé, aplaudindo os caras que pensam assim. Um profissional que achar que o diploma na parede o habilita para um bom trabalho é um tosco, um inconfiável. Imagine um médico com diploma há 30 anos e sem pegar num livro desde ontem… Você o deixaria tratá-la? E aqui está um propósito, um motivo, daqueles que são de preencher a vida, enquanto a pessoa viver: estudar. Esse estudo serve para motivar a vida e para ajudar os outros, um passaporte que se não tivermos, cruzes, que vidinha medíocre, sem sal. E dizendo isso, lembro de um comercial do Senac – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – uma moça sorridente e o texto: – “Vou ser o que eu quiser, eu crio o meu caminho, vou construir meu futuro”. Correto e estimulante. E como ninguém quer morrer, todos queremos um futuro. E esse futuro está na palma da nossa mão, da nossa mão da vontade, dentro da cabeça. Ficar coçando e pensar: deu pra bola, é antecipar a puxada da tampa, a vida se foi…

SENNA

Ah, se ele soubesse… Vivemos todos à beira de um abismo, a hora de cair é um jogo misterioso, uma inquietude… Ayrton Senna, o cara, um dia numa entrevista disse que – “Somos insignificantes. Por mais que você programe sua vida, a qualquer momento tudo pode mudar…”. E ele teve razão. Essa é a vida e daí a importância do aqui e agora, da vida em plenitude sem exageros nem pretensões. O “de repente” está sempre de olho…

POBRES

Pobres das crianças. Crianças de família ricas e de todo tipo, pobrezinhas. Ouça esta, veio de São Paulo: – “Menina morta em casa de padrasto presenciava encontros sexuais da mãe”. Menina de 7 anos, também “usada” nos sexos do padrasto, morreu cheia de doenças e ataque cardíaco, não foi cuidada, amada. E a mãe sabia de tudo e levava a guriazinha para ver suas orgias. Desgraçada. Esse tipo de “mãe” é muitíssimo comum, orgíacas!

FALTA DIZER

Maus momentos? E daí? É bom sempre lembrar que nunca devemos abandonar nossos sonhos. Sem esses sonhos, se eles se forem, vamos continuar vivos, mas teremos parados de existir. E qual a graça da vida sem uma expectativa, uma espera, um sonho? É o que mais anda por aí, vidas vazias.

 

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.