Jaraguá do Sul voltou a registrar um saldo negativo na geração de empregos, com o fechamento de 299 postos de trabalho em março deste ano. O número representa o corte de boa parte das vagas geradas em fevereiro, quando a cidade teve um saldo positivo de 440 vagas. O resultado também é bem pior do que o registrado em março do ano passado, quando foram geradas 492 vagas, o que representa uma queda de 61% de um ano para o outro. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego.
Em março deste ano, o número de admissões em Jaraguá foi de 1.820 e de demissões 2.119, o que puxou o saldo para baixo. O setor de indústria e transformação foi o que mais demitiu no município, com um saldo negativo de 320 postos de trabalho. O setor de serviço e administração pública apresentaram saldos positivos de 10 e 11 vagas, respectivamente.
Os números do desemprego foram vistos como um alerta pelo diretor de Desenvolvimento Econômico do Instituto Jourdan, Marcio da Silveira. “Nos últimos 10 anos não tivemos nada parecido para um mês de março. Em 2009, quando a crise chegou aqui, o mês de março fechou 116 vagas, mas é menos do que a metade do que foi fechado em Jaraguá agora”. E a preocupação aumenta se for considerado que o primeiro trimestre do ano geralmente é o que traz o resultado mais positivo. De janeiro a março deste ano, Jaraguá do Sul perdeu 232 vagas de emprego formal. Em 2015, no mesmo período, foram criados 1.921 postos de trabalho. Já em 2009, foram fechadas 151 vagas no primeiro trimestre.
Desemprego aumenta no país
Pelos números divulgados ontem, o Brasil teve a maior perda de vagas formais para meses de março em 25 anos, segundo a Agência Brasil. No mês passado, o país fechou 118.776 postos de trabalho com carteira assinada. Nos últimos 12 meses, já foram suprimidas 1.853.076 vagas formais. Os números levam em conta a diferença entre demissões e contratações. Quase todos os setores da economia demitiram mais do que contrataram. A exceção foi a administração pública, com 4,3 mil vagas a mais no mês. O comércio e a indústria de transformação fecharam o maior número de vagas, respectivamente, 41.978 e 24.856. Em terceiro lugar, vem a construção civil, com supressão de 24.184 vagas.
Número negativos na microrregião
Os municípios de Corupá e Guaramirim também apresentaram queda na geração de empregos, com 41 e 25 vagas encerradas, respectivamente, segundo dados ajustados do Caged. Em Corupá, os setores da indústria metalúrgica e mecânica lideraram o encerramento de vagas, com 24 postos fechados em cada uma.
Schroeder, por sua vez, teve o melhor desempenho dos cinco municípios, com saldo positivo de 102 postos de trabalho. A administração pública foi o setor que mais contratou na cidade, com 80 novas vagas no período. Já Massaranduba fechou o mês com a criação de 62 novas vagas, sendo a indústria química de produtos farmacêuticos, veterinários e de perfumaria a principal responsável pelo saldo positivo, com a geração de 60 postos de trabalho.
