A greve dos Técnicos-Administrativos em Educação (TAEs) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) tem causado significativos impactos nos serviços prestados pela instituição, afetando diretamente a população que depende do Hospital Universitário (HU) e do Restaurante Universitário (RU). As aulas do Campus Trindade foram suspensas nesta quinta-feira (21).
No HU, a administração da unidade relatou uma redução de cinco leitos na Maternidade, além da suspensão dos serviços do Laboratório de Análises Clínicas e na redução no atendimento da emergência. A adesão dos servidores do HU à greve não foi especificada, porém, os efeitos da paralisação são claramente sentidos pelos pacientes, com a interrupção de exames como os de sangue e urina, que costumavam totalizar cerca de 100 procedimentos diários. Além disso, o fechamento de cinco leitos na maternidade agrava ainda mais a situação.
- No Dia Internacional da Síndrome de Down, Governo de SC lança o Programa Gente Especial
- Casos prováveis de dengue crescem 390% em comparação com 2023 em SC
No que diz respeito ao RU, localizado no Campus Trindade, seu funcionamento foi suspenso devido à adesão dos servidores à greve, que reivindicam melhorias na estrutura física e na cozinha. O sindicato dos Trabalhadores da UFSC (Sintufsc) esclareceu que o RU enfrenta sérios problemas de sobrecarga, com a cozinha projetada para servir cinco mil refeições diárias, mas atendendo o dobro desse número.
Foto: Divulgação/Sintufsc
Os servidores denunciam a precariedade das condições de trabalho, afirmando que ela afeta diretamente a qualidade das refeições oferecidas aos estudantes, além de gerar filas excessivas. O Sintufsc destaca a necessidade urgente de melhorias na estrutura física do restaurante, contratação de mais funcionários para lidar com a demanda crescente e descentralização da unidade do Campus Trindade para reduzir as filas e melhorar o atendimento à comunidade.
Enquanto as negociações entre os representantes dos servidores e a administração da UFSC continuam, a comunidade universitária e os usuários dos serviços essenciais afetados pela greve aguardam por uma resolução que restabeleça a normalidade das operações e garanta a qualidade e a continuidade dos serviços prestados pela instituição.