Num ambiente laboral, os “vírus bons” podem assumir várias formas, tais como a promoção de uma cultura positiva, aumento da motivação e fortalecimento da colaboração entre colegas.
Até na medicina, há vírus que são considerados bons, especialmente no contexto da terapia genética e da vacinologia. Sim, ao lado da maioria dos vírus ruins, há os bons e que são usados como ferramentas para tratar ou prevenir doenças.
No ambiente de trabalho, a palavra vírus geralmente evoca imagens de sistemas comprometidos, dados perdidos e produtividade prejudicada.
Contudo, afastando-se da conotação negativa do contexto digital, pode-se encontrar alguns vírus bons, que são, metaforicamente, as influências positivas que se espalham com a mesma eficácia que seus homólogos digitais, só que com efeitos benéficos.
Estes vírus bons podem assumir várias formas, tais como a promoção de uma cultura positiva, o aumento da motivação e o fortalecimento da colaboração entre colegas.
E essa cultura positiva é ainda mais contagiosa quando a liderança demonstra valores como a empatia, a integridade e a transparência, qualidades essas que tendem a se espalhar por toda a empresa, com colaboradores sentindo-se valorizados, respeitados e mais propensos a reproduzir estes comportamentos em suas interações com colegas e clientes.
Isso tudo cria um círculo virtuoso de positividade, onde a satisfação no trabalho e a lealdade à empresa crescem exponencialmente.
Ou seja, este vírus da cultura positiva pode transformar completamente um ambiente de trabalho, outrora estagnado ou tóxico.
Ainda, a motivação é outro “vírus bom”, como, por exemplo, quando um colega serve de inspiração ao alcançar um grande feito ao demonstrar uma boa ética de trabalho, fortes catalisadores para essa forma de contágio positivo.
Também, a colaboração é uma forma potente de “vírus bom”, pois onde as ideias e os recursos são compartilhados livremente, rompem-se silos, constroem-se pontes entre departamentos e fomenta-se um senso de propósito único.
E isto vira uma pandemia, quando os colaboradores testemunham o impacto positivo nos resultados do seu trabalho e satisfação dos clientes.
Enfim, para cultivar esses “vírus bons”, as empresas devem se concentrar em criar ambientes que promovam o bem-estar da equipe, reconheçam suas conquistas e incentivem o crescimento pessoal e profissional, investindo em desenvolvimento, saúde mental e equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional, ou seja, fomentando um terreno fértil para que as influências positivas se espalhem.
Em resumo, enquanto o termo “vírus” possa inicialmente evocar pensamentos negativos, a ideia de um “vírus bom” no ambiente de trabalho lembra que influências positivas também podem se espalhar rapidamente e ter efeitos duradouros. E cultivar esses vírus requer intenção, esforço e, acima de tudo, um compromisso com a criação de um ambiente de trabalho que valorize e promova o melhor em cada colaborador.
Assim, em um mundo cada vez mais interconectado, nunca foi tão importante focar na disseminação de “vírus bons” que enriqueçam nossas vidas profissionais e, por extensão, nossas vidas pessoais.
Por isso, cabe-nos encarar a missão de sermos “contaminadores” positivos no mundo do trabalho, espalhando “vírus bons” como mimes virais que pandemizam e que fazem valer a pena passar uma quarentena.
Contudo, isto tudo não acontecendo, só resta seguir o conselho da jornalista e escritora Wandy Luz: “buscar lugares onde a energia pessoal é celebrada, apreciada e valorizada. Estar com pessoas acolhedoras, que ofereçam reciprocidade nos sentimentos, nas atitudes e nas intenções. Enfim, estar com pessoas e em lugares onde haja respeito pela sua verdade, pela sua história e pelo seu direito de ser quem você é” …
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Emílio Da Silva Neto
PhD/Dr.Ing, Pós-Doc, Ex-Diretor Superintendente WEG
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