Na última segunda-feira, os pré-candidatos à Prefeitura e à Câmara Municipal de Florianópolis, representando a Federação PSOL/REDE e o PSB, se reuniram no Instituto Arco-Íris. O consenso entre eles foi quase unânime: a necessidade de formar uma frente de partidos de esquerda para enfrentar o atual prefeito, Topázio Neto (PSD), nas eleições de outubro e ampliar a representação na câmara municipal.
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Entretanto, a questão da liderança dessa frente de esquerda ainda está longe de ser resolvida. A pré-candidatura do deputado estadual Marquito (PSOL) é vista como uma escolha natural, tanto dentro do PSOL quanto em outros partidos do campo, devido à sua expressiva votação nas eleições para a Câmara e a Assembleia Legislativa em 2020 e 2022, sendo o mais votado na cidade em ambas as ocasiões.
Por outro lado, o PT defende a retomada de um projeto próprio e vê na pré-candidatura do ex-vereador Lela, associada ao presidente Lula, a oportunidade de reconquistar protagonismo na capital. No final de semana, o vereador Afrânio Bopré (PSOL) postou em seu perfil no Instagram um foto onde aparece à mesa ao lado de Lela.
“Fomos vereadores juntos aqui na Câmara Municipal e travamos muitas lutas por Floripa. Hoje, PSOL e PT articulam em diversos municípios composições para disputar as eleições, a exemplo de São Paulo e Porto Alegre. Aqui em Florianópolis, estamos desafiados a encontrar o caminho da unidade. Bora lá, Floripa?”, escreveu.
Enquanto isso, o PSOL busca fortalecer sua relação com o PSB como um parceiro estratégico. No encontro de segunda-feira, o enfermeiro Gelson Albuquerque foi apresentado como uma alternativa de pré-candidato a vice-prefeito na chapa de Marquito.
O objetivo da frente de esquerda é contar com o apoio do PT, representado por Lela, e do PDT, cujo projeto está vinculado a Dário Berger (PSDB). No entanto, o PSOL está determinado a proteger suas conquistas até o momento, apesar das tentativas de persuasão do PSB catarinense em mudar de direção a nível nacional.