Antes de responder essa pergunta, quero lembrar que o Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo! Somos também um dos maiores consumidores. O café brasileiro, na maior parte arábica, é reconhecido mundialmente por sua qualidade.
Infelizmente, grandes marcas nacionais, produzem um café comercial de baixa qualidade, com sabor extremamente amargo, cor muito preta, que descaracterizam o verdadeiro café, e nos obrigam a adoçar pra conseguir beber. Esse amargor é o resultado de torras excessivas, usadas pra disfarçar a baixa qualidade dos grãos, a mistura e impureza deles nos processos dessas marcas. Mas isso nada tem a ver com os cafés de verdade!
O café especial é um café de alta qualidade, cultivado em condições ideais e cuidadosamente selecionado para garantir um sabor único e excepcional. A Associação de Cafés Especiais da América define café especial como “cafés que marcam 80 pontos ou mais em uma escala de 100 pontos, em avaliações realizadas por avaliadores profissionais independentes”. São grãos cultivados em ambientes ideais, colhidos com cuidado e são torrados com precisão para produzir cafés expecionais.
O café especial provém de uma única qualidade de grão, que pode ser Catuaí, Catuaí Vermelho, Catuaí Amarelo, Mundo Novo, Bouurbon, Conilon, Acaiá…
O Brasil, com seu amplo território, possibilita o plantio de diversos tipos de café com aromas, sabores e outras qualidades bem acentuadas. É justamente por isso que somos uma referência no cultivo em escala global.
É um paradoxo perceber que produzimos excelentes grãos de café, mas a maior parte dos brasileiros consome cafés de baixa qualidade. Evoluir nosso paladar, provando cafés especiais, com diferentes sabores e aromas, torras mais “gentis”, tonalidade mais clara, é um caminho sem volta! Além de conhecermos o verdadeiro café, estaremos valorizando os pequenos produtores, contribuindo para que se mantenham no campo, de forma sustentável.
Escolher o café que tomamos é uma decisão muito mais importante que parece, pense nisso!