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Uma boa ideia – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

02/03/2024 - 07:03 - Atualizada em: 29/02/2024 - 16:00

Conversei com algumas pessoas sobre o assunto e apenas uma concordou comigo… As demais só franziram os beiços e bufaram. É o seguinte, ouça a manchete: – “Grupo de amigos constrói condomínio para morar junto após 30 anos de amizade”. O fato aconteceu no Texas, EUA. A história conta que seis amigos, todos acima dos 50, dividiram o mesmo medo, a mesma insegurança: o do isolamento na velhice. Um assunto que poucos sobre ele pensam, claro, sendo jovens. Mas é aquela história, o tempo voa e de repente a pessoa chega à velhice e se dá conta de que os filhos bateram asas, muitos amigos já morreram, solidão é um bicho-papão muito maldoso e precisar de alguém por perto e não ter é a pior das danações e sofrimentos. Pensando nisso e dividindo o pensamento, os seis americanos decidiram criar um condomínio, cada um na sua casa, mas todos lado a lado. Compraram um terreno perto de um lago, muitas árvores e pássaros. O céu na terra. E o pessoal desse condomínio acertou de um ajudar o outro em horas especiais, importantes. Vale dizer, vão envelhecer na segurança vinda dos amigos, todos se ajudando ninguém vai ficar sozinho e mal. Que bela ideia! Imagino que o caráter desses amigos é tão inox quanto uma boa peça de cozinha, “aço” daqueles. Chegamos a esse ponto, amigos terem que criar um condomínio, amigos e não parentes, para evitar a solidão desesperadora na velhice. Muitos jovens pais podem achar risível essa idéia ou preocupação, ingênuos. Ingênuos baratos. Os filhos de hoje, por estupenda maioria, não deviam ter nascido, maioria absoluta, eu disse. Claro que há exceções, mas… Exceções. Hoje a longevidade vai se alongando, esticando os braços, muito tempo pela frente, todavia… É preciso braços cálidos por perto, pessoas determinadas a ajudar, a socorrer, a não deixar faltar. Paradoxalmente, amigos têm feito isso mais que familiares, credo, que nojo desses tipos familiares. Claro que na hora de disputar herança todos estão por perto, muito por perto. Ah, e não pensem os ingênuos que basta casar, presumidamente por amor, para não precisar se preocupar muito. Crasso engano. Os casamentos de hoje não passam de “casas de apostas” afetivas, ou enganos nada recreativos. Os amigos americanos passaram um recado, nada sutil…

GRATIDÃO

Num pé de página de um jornal, li uma frase arteira, esta: – “Quando não se tem aquilo de que se gosta é necessário gostar-se daquilo que se tem”. Raríssimos fazem isso. Nossas infelicidades vêm muito mais do que não temos que nossa felicidade do que temos. Uma estupidez. Ser grato à vida pelo temos nos faz felizes e nos deixa a porta aberta para novas felicidades, afinal, quem não sabe que o positivo atrai o positivo? Era para ser assim…

SAPATOS

Não, não vou falar de sapatos, vou citar outra frase (coleciono frases) que estava recortadinha na minha caixa de sapatos, um tesouro de inspirações. A frase tesouro é esta: – “Como são admiráveis as pessoas que nós não conhecemos bem”. Incontestável, haja vista os desacertos, as descobertas decepcionantes dele ou dela depois de casados. Personalidade vem do latim, “persona”, máscara. Somos “mascarados” sociais, a intimidade nos despe. Socorro!

FALTA DIZER

Dormir mal de modo regular apressa algumas doenças, dentre elas, as piores, são as demências. Remédios contra a insônia matam mais cedo a pessoa. Técnicas de todo tipo pouco ajudam, o que de fato funciona é limpar a cabeça, sossegá-la. O que tira o sono, uma característica animal, são as inquietações, medos, ansiedades.

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.