Das 17 horas de sábado às 05 horas de domingo, Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), OAB, Polícia Civil e Prefeitura de Florianópolis mantiveram equipes e sala de acolhimento à disposição do público que participou dos desfiles das escolas de samba.
Algumas ocorrências de furto, uma briga, um caso de agressão e outro de injúria racial. Esse foi o balanço do Núcleo de Atendimento a Vítimas (Navit Capital), em sua atuação inédita durante os desfiles das escolas de samba, das 17 horas do último sábado (10) às 5 horas de domingo (11), na Passarela Nego Quirido.
De acordo com o Promotor de Justiça Jadel da Silva Júnior, que coordena o Navit Capital, esse foi exatamente o trabalho proposto pelo Núcleo ao estabelecer parceria com a Prefeitura e a Liga das Escolas de Samba (Liesf). Segundo ele, a iniciativa promoveu pela primeira vez durante o carnaval de Florianópolis uma convergência de serviços voltados ao acolhimento e atendimento humanizado a vítimas de crimes, entre eles, racismo, homofobia, assédio e violência sexual.
“As instituições envolvidas e as equipes que atuaram durante a noite dos desfiles estão de parabéns pelo trabalho sério e dedicado em prol dos cidadãos, garantindo ainda mais segurança e suporte às pessoas vítimas de crimes dentro da Passarela. Principalmente, por amparar e facilitar o acesso dessas pessoas a todos os seus direitos, sem precisar se deslocar a outro local. O projeto se mostrou importante, por isso, acredito ter grande potencial para reeditá-lo e até ampliá-lo”, reconhece Jadel da Silva.
Dentro das estratégias desenvolvidas para a execução dos trabalhos durante o carnaval está a adaptação do protocolo “Não se Cale”, iniciativa internacionalmente conhecida e, no Brasil, amparada desde 2023 pela Lei federal nº 14.786, voltada a combater o constrangimento e a violência contra mulheres.