Moraes inventa crime onde não existe, afirma Flávio Bolsonaro

Foto: Flavio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Por: Isabelle Stringari Ribeiro

09/02/2024 - 11:02

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) caracterizou a operação Tempus Veritatis, realizada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (8) como uma “expedição de pesca”. Este método, também conhecido como “pescaria”, tem como objetivo realizar buscas e apreensões sem um embasamento específico, com a finalidade de reunir evidências e indícios incriminatórios que possam sustentar futuras apreensões. A ação desta quinta-feira (8) teve como alvo principal o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), juntamente com seus aliados.

“Eles reclamam da Lava Jato, mas estão fazendo igual. O Alexandre [de Moraes] está fazendo pescaria em cima de pescaria. Há 215 milhões de precedentes no Supremo de que uma simples delação não pode ensejar tudo isso”, disse ao portal Metrópoles.

“Alexandre está querendo inventar crime onde não existe. Não houve golpe nem tentativa”, declarou Flávio. Ele afirmou que o objetivo da operação deflagrada pela PF contra seu pai e aliados seria “destruir a direita”.

“Querem destruir a reputação da direita, mas não vão conseguir. O que Bolsonaro plantou ninguém tira”, declarou o senador.

Entenda o caso

A Polícia Federal deflagrou hoje (8 de fevereiro) a operação Tempus Veritatis, que envolveu 33 alvos de busca e apreensão, 4 prisões preventivas e 48 medidas alternativas, incluindo proibições de contato entre os investigados, entrega de passaportes e suspensão do exercício de funções públicas. O nome da operação, em latim, significa “tempo da verdade”. Segundo a PF, faz referência ao “esclarecimento de fatos que surgiram durante as investigações” sobre uma alegada tentativa de golpe.

Entre os presos estão os ex-assessores de Bolsonaro, Filipe Martins e Marcelo Câmara. Entre os alvos, estão:

  • Jair Bolsonaro
  • Valdemar Costa Neto, presidente do PL;
  • General Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional);
  • Ex-ministro da Justiça Anderson Torres;
  • Walter Braga Netto (PL), candidato a vice-Presidência do ex-presidente;
  • Ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira;
  • General Stevan Teófilo Gaspar de Oliveira, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres; almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
  • Assessor Tércio Arnaud Thomaz; major reformado Ailton Barros;

As buscas foram realizadas em diferentes estados, incluindo Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal. As medidas judiciais foram expedidas pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

A operação foi autorizada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, que mencionou em sua decisão a tentativa de manter Bolsonaro no poder por meio de um golpe de Estado. Entre as evidências encontradas durante o inquérito está uma minuta que sugeria as prisões de Moraes, do ministro Gilmar Mendes e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

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Isabelle Stringari Ribeiro

Jornalista de entretenimento e cotidiano, formada pela Universidade Regional de Blumenau (FURB).