Jean Carlos Matias, de 35 anos, foi condenado a 24 anos de prisão por ter matado a pauladas Constantino Popiolek, de 69 anos, a no dia 30 de dezembro de 2014. O crime ocorreu no bairro Barra do Rio Cerro. Durante o júri popular, ontem, a acusação ficou a cargo do promotor de Justiça Márcio Cota, que por vezes trocou farpas com a defesa do réu, feita pelo defensor público Sidney Hideo Gomes. O júri teve momentos acalorados. Em um deles, o acusado tentou rebater uma acusação do promotor, sendo contido pela juíza Ana Suzeck. “O senhor fique calado, você tem defensor e se falar de novo será retirado daqui”, disse ela. A defesa tentou retirar o agravante da pena dizendo que o homem teria agido sobre violenta emoção, tese que foi derrubada por Cota. No final, após réplicas e tréplicas da defesa e do Ministério Público, o homem, que tinha passagens policiais por roubo tentado, disparo de arma de fogo e furto, foi condenado por homicídio triplamente qualificado, com agravantes por ter passagens anteriores e pela violência empregada. Ele voltou a ser conduzido para o presídio com pena fixada em 24 anos, inicialmente em regime fechado.
Família e promotor satisfeitos com o júri
Tanto a família quanto o promotor de Justiça se mostraram satisfeitos com a pena fixada. Para Cota, era o esperado. “Foi uma boa pena, ele é reincidente em crimes e tem que pagar pelo que fez”, destacou. A filha da vítima, Juliana Popiolek, disse ter sido feita justiça pelo pai. “Não vai nos trazê-lo de volta, mas ao menos temos o conforto de saber que a justiça foi feita” afirmou.
Relembre o caso
No dia 30 de Dezembro de 2014, Jean, que era inquilino de uma pensão da vítima, teria ido até a casa de Constantino e, com um sarrafo de aproximadamente 1,5 metro, golpeado o idoso até a morte. Após o crime, ele ainda teria tomado banho na casa da vítima, sendo preso em seguida. A motivação do crime seria uma cobrança de Constantino para que o homem pagasse o aluguel. Eles eram amigos e frequentavam festas juntos.