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Precisamos falar de IST

foto: divulgação

Por: Clínica UroJaraguá

22/01/2024 - 15:01 - Atualizada em: 22/01/2024 - 16:58

 

IST são Infecções Sexualmente Transmissíveis, comumente chamadas de DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis) até 2016. A mudança de nomenclatura foi proposta e adotada pelo Ministério da Saúde porque muitas vezes a pessoa tem a infecção, mas ainda não manifestou a doença. Isto faz com que o indivíduo seja um transmissor, mesmo que não saiba.

É crucial desmistificar as IST, encarando-as como qualquer outra condição tratável. Já que são intercorrências de saúde que fazem parte da vida de quem é sexualmente ativo. A informação e a prevenção devem fazer parte da rotina, assim como exames comumente adotados para outras condições de saúde. Não hesite em procurar ajuda, pois o cuidado e a prevenção são essenciais para uma vida sexual saudável e consciente.

O preservativo é um grande aliado

Mesmo a camisinha sendo um dos métodos contraceptivos mais simples e acessíveis, não é todo mundo que se adapta a ela. Alguns acham que o preservativo diminui a sensibilidade, outros que corta o clima na hora de colocar durante o ato. Em relações sexuais não planejadas, é possível ainda que nenhum dos envolvidos tenha uma camisinha disponível – o que, várias vezes, não impede que o sexo aconteça.

Nos últimos anos, o uso regular da camisinha entre jovens de 15 a 24 anos diminuiu, contribuindo para o aumento dos casos de IST nessa faixa etária.

Tabus na educação sexual nas escolas e falta de informação resultam em adolescentes despreparados, sem compreensão adequada sobre o uso da camisinha.

Por outro lado, entre 2007 e 2019, casos de HIV em pessoas com mais de 60 anos aumentaram 354,25%, muitas vezes devido à baixa adesão ao preservativo.

Os desafios incluem a falta de abordagem sobre sexualidade na terceira idade, vergonha em adquirir camisinhas e o medo de prejudicar a ereção.

A Mandala da Prevenção

foto: Departamento de Doenças de Condições Crônicas

A mandala de prevenção combinada é um conjunto de intervenções (médicas, comportamentais ou estruturais) pensadas de forma estratégica para que as pessoas possam se proteger de IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis, incluindo o HIV).

A mandala abraça diferentes cenários. É um somatório de métodos que a pessoa pode adotar para prevenir o HIV e outras IST, como as hepatites. Quanto mais estratégias ela utilizar, mais protegida vai estar.

O diferencial da mandala é a visão individualizada das vulnerabilidades de cada pessoa, definindo as estratégias que mais se encaixam para aquele estilo de vida.

Testagem Regular para ISTs:

Exames regulares para detecção de HIV, hepatites e outras ISTs são fundamentais para o diagnóstico precoce e tratamento.

Uso do Preservativo e Lubrificante:

Mesmo com opções além da camisinha, ela continua sendo uma peça importante na prevenção. O ideal é considerar a estratégia combinada.

PrEP (Profilaxia Pré-Exposição):

Uso de medicamentos antirretrovirais antes da exposição ao HIV, uma alternativa eficaz para quem tem vida sexual ativa com parceiro infectado.

PEP (Profilaxia Pós-Exposição):

Medida de emergência após o contato com o HIV ou outras ISTs, deve ser iniciada entre 2 e 72 horas após a exposição.

Vacinas contra HPV e Hepatites:

Vacinas são essenciais para prevenir o HPV, hepatite A e B, contribuindo para a saúde sexual.

Tratamento de ISTs:

Além das vacinas, o tratamento adequado das ISTs é crucial para quebrar a cadeia de transmissão.

Prevenção à Transmissão Vertical:

Em gestantes com ISTs, é vital o diagnóstico e tratamento durante o pré-natal para evitar a transmissão para o bebê.

Redução de Danos:

Estratégias para quem tem relações sob o efeito de álcool ou drogas, visando minimizar os riscos.

Dr. João Bertoli

CRM/SC 16110

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