Como não poderia deixar de ser, o Festival de Música de Santa Catarina (Femusc) disse um “até logo, Jaraguá do Sul” em grande estilo. Com direito à apresentação surpresa da professora e harpista Rita Costanzi acompanhada de dança da aluna Eve Ariana Matin e dos concertos da Orquestra sem Maestro liderada por Leon Spierer e da Orquestra Sinfônica regida por Alex Klein, a noite de encerramento lotou o Grande Teatro da Scar e homenageou todos que ajudaram a fazer desta mais uma edição de sucesso.
A grandiosidade do festival-escola, que reuniu cerca de 700 participantes entre alunos, professores e equipe de organização e atraiu mais de 60 mil pessoas em 2015, tem data marcada para movimentar a cidade no próximo ano: entre 15 a 28 de janeiro grandes nomes da música clássica e alunos se reencontram em solo jaraguaense, onde o público desfrutará novamente de uma série de concertos gratuita.
Nas últimas duas semanas, o Festival transformou Jaraguá do Sul em uma capital da música clássica com a rotina intensa de aulas, ensaios e as séries de concertos. Com saldo positivo e contribuição para o cenário local, o festival consagra o potencial que alcançou e projeta novidades para 2017. A noite de ópera, que este ano contou com a execução de uma obra completa e encenada, série diária de recitais de canto lírico, além dos outros concertos, devem ser mantidos e um novo programa deve ser acrescentado, segundo o diretor artístico Alex Klein.
A despedida da cidade também contou com a homenagem aos destaques desta edição. O destaque entre os professores ficou para o alemão Dietmar Wiedmann (Banda Sinfônica) e para a brasileira Patrícia Perizollo (Femusckinho). O professor revelação foi Marcos dos Anjos (tuba). Entre os alunos, a lembrança foi entregue para a brasileira Haline David (piano), a peruana Eve Ariana Matin (harpa) e o aluno revelação foi João Domingos Santanna (violão clássico).
Mesmo com o corte de verba – que reduziu cerca de 75% o valor destinado para a celebração – Jaraguá do Sul terá folia de Carnaval. O desfile será no dia 6 de fevereiro, às 20h30, no Parque Municipal de Eventos, onde ocorre também a apuração e uma roda de samba. Não haverá o tradicional baile. Apenas dois blocos se inscreveram para participar e disputam a premiação de R$ 15 mil para o primeiro lugar e R$ 10 mil para o segundo.
O grupo Em Cima da Hora, campeão do ano passado, levará para a avenida o enredo “Jogos Olímpicos e sua história de esplendor”. O Verde e Rosa usou a criatividade para falar sobre a inflação. O Moconevi (Movimento da Consciência Negra do Vale do Itapocu) optou por não participar da festividade alegando a falta de incentivo financeiro, segundo comunicado emitido na semana passada.
De acordo com o presidente da Fundação Cultural, Marcelo Prochnow, a equipe do órgão reuniu-se com os grupos para decidir como seria o desfile. “Colocamos para eles toda a situação e uma proposta de acordo com a realidade que temos e juntos vamos fazer o Carnaval acontecer”, diz.
Neste ano, o orçamento da festa gira em torno dos R$ 25 mil – valor destinado à premiação. Em 2015, foram investidos cerca de R$ 120 mil – R$ 74 mil divididos para premiação aos três primeiros colocados e R$ 12 mil para inscritos com melhor desempenho em cada um dos estandartes. Essa última premiação não será dada neste ano, onde apenas os classificados nos quesitos bateria, samba enredo e fantasia receberão troféus.