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A cabeça decide – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

18/01/2024 - 07:01

– Ah, tu és muito valente com o problema dos outros, quero ver com os teus! Já ouvi essa frase. O diacho é que nunca entrei e não vou entrar na fila dos beatos, dos “compreensivos” com as leviandades alheias. Vou logo ao assunto. Acabei de ler a seguinte proposta num site de jornalismo: – “O que é preciso saber para parar de fumar”? Li e já fiquei pensando em outros vícios. Qual a dica? Nenhuma dica especial, simplesmente parar. – Ah, mas não é assim, a pessoa pode estar viciada, não é fácil sair de uma dependência e blá blá blá. Antes de ir adiante, é bom lembrar que todo “dependente” ou viciado não era dependente nem viciado ao dar a primeira “tragada”, tomar o primeiro gole ou cheirar a primeira droga na vida. Foi decisão consciente do futuro “dependente”. E dizendo isso, lembro-me de um caso envolvendo o presidente João Batista Figueiredo, militar. Ele fumava quatro carteiras de cigarro por dia, ele dizia isso. Lá pelas tantas, precisou de uma cirurgia cardíaca, coisa séria. Foi para os Estados Unidos e lá foi operado. Ao voltar ao Brasil, o presidente contou que o cirurgião, sabendo que Figueiredo fumava muito, disse a ele: – “Não esquecer, nenhum cigarro daqui para frente, é fumar e morrer, certo”? Figueiredo contou que voltou ao Brasil como se nunca tivesse fumado, simplesmente parou de fumar. É isso, se o sujeito puser na cabeça que não vai fazer mais, que não quer mais, parou ali. Sem essa conversa mole de que a pessoa está “dependente”, não tem forças próprias para sair do vício… O poder da vontade é absoluto, quer é poder. Vale para tudo na vida. Quando batemos pé e dizemos a nós mesmos – vai ser assim… Vai ser assim. O que mais fazemos, todavia, é colocar as pedras das desculpas no caminho, ah, não posso, não tenho forças, não tenho quem me ajude, não tenho dinheiro, não tenho amigos, não tenho, não tenho… E como é que para outras coisas os que dizem isso têm toda a força e mais um pouco? Fique bem lembrado, antes das “dependências”, dos vícios, a pessoa decidiu por ela mesma, sem nenhuma dependência: vou entrar nessa! Ah, é? Então agora é só sair, querer é poder.

IMAGEM

Muitos dizem – “Ah, na minha vida particular eu faço o que quero”! Depende de que vida é essa. Vi em várias plataformas um apresentador de notícias da Globo, na rua, com calção que na verdade era um “shortinho” e andando de patins. Apresentador de notícias. Tem cabimento? Tem, está valendo tudo. Será mesmo que está valendo tudo? Claro que não, mas os diretores que falsamente liberam o “vale tudo” buscam vantagens na hipocrisia.

ELA

Ainda vivemos numa sociedade em que se a mulher for jovem e bonita, pronto, não precisa de mais nada, nem de dignidade. Ela vai ser compreendida pelas “parceiras”, a maioria. Uma dessas, fazia tevê no Brasil, foi morar lá longe com o marido, jogador de futebol. Traída e com desavenças, separaram-se. Numa entrevista, a “escanteada” disse que – “A gente sabe que este mundo é dos homens, não adianta”! Que falta de respeito, de dignidade. As “pequenas” dizem isso. Só as pequenas.

FALTA DIZER

Homens idiotas (homens?) discutiram longamente no BBB o corpo “não perfeito” da Yasmim. E por que os bebês da mamãe não discutem suas machezas de araque? Por que não discutem seus analfabetismos? Ademais, o que é corpo perfeito, “pintos-caídos”, hein? Na salinha dos fundos vocês vão aprender, ô…!

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.