Muitos cresceram ouvindo uma bobagem, esta: – “O futuro a deus pertence”! Pertence a quem…? Diante das inseguranças humanas frente ao futuro, foram criadas, inventadas, as crenças religiosas. Não sem outra razão, pudera, são anestésicos emocionais para os que não pensam muito. Anestesiam-se. Pois é, mas essa “anestesia” não evita que as pessoas pensem e se angustiem diante do futuro. Ninguém sabe do futuro, o cara mais rico do mundo é um pobre diabo diante do futuro. Gostaria de vê-lo afirmar: estarei vivo amanhã! Dizer e provar. Prova coisa nenhuma. Vamos lá, o assunto não é bem esse. Ter filhos pode ser a maior benção de uma pessoa, mas também pode ser sua maior danação, quase digo maldição. Quem garante que o “filhinho”, que a “bebezinha” de hoje vai ser uma boa pessoa para os pais ou para um deles, quem? Acabo de ler a declaração de uma médica, declaração publicada por um jornal de São Paulo, tudo já recortado e guardado nos meus arquivos. Ouça um trecho da fala da médica: – “Tenho uma paciente com câncer de 72 anos que trabalhou a vida inteira como cozinheira para sustentar a casa e os estudos do filho. O marido foi embora quando descobriu que ela estava doente. O filho está desempregado e vive da aposentadoria dela. Chorando, a paciente contou que o filho transferiu todo o dinheiro que ela tinha na poupança para a conta dele e a convenceu a colocar no nome dele a casinha que ela comprou com muito sacrifício. Meu filho, falou soluçando a paciente, me disse que não queria ter trabalho com a burocracia depois da minha morte. Só faltou dizer para eu morrer logo para não atrapalhar a vida dele”. Em resumo, essa a história. Se a leitora quiser saber da minha opinião, pois não: – É o que mais acontece, o que mais se vê, filhos safados, ordinários e sem-vergonhas, gentalha que se pega pelos cabelos pela herança eventualmente deixada pelos pais ou deles tirada antes do tempo. Filhos, repito, podem ser a melhor das bênçãos na vida, mas também podem ser a pior das maldições. E sobre o futuro o que podemos fazer? Muito e pouco. Cuidar da saúde, fazer poupança, ter casa própria, muitos amigos, manter-se ativo em algum trabalho, ter um propósito e manter os olhos bem abertos. Ninguém sabe do amanhã, vai saber…
VIDA
Será que alguém pode ir até à esquina, gastar pouco e voltar para casa com passaporte pronto, remédios, cosméticos, anestésicos e distrações e lazeres de todos os tipos? Sim, é só ir à livraria e comprar um ou dois livros. Livros são remédios, remédios de fato, para todas as doenças, são passaportes para viagens sem sair de casa, são anestésicos para nossas dores e cosméticos para a nossa beleza interna, a eterna. Livros, hein, gurizada, que tal?
TRISTEZA
Tristeza, que tristeza, Prates? Ora, a leitora e o leitor sabem, a tristeza de saber que multidões de jovens estão voltando às salas de aula depois de passar dias e dias de folga, coçando, sem ler um único livro. Os papais, os “omissos” devem saber disso, devem ter visto os filhos “descansando” nas férias escolares,
descansando do nada, vadios! Ai, cara, como tu és grosso! Vadios, eu disse, ora, bolas!
FALTA DIZER
Não tenho carimbo partidário e nunca assinei ficha, livre para pensar e dizer, dizer do correto, do oportuno… Como dizer que aplaudo o incentivo do governador Jorginho à criação de mais escolas cívico-militares no Estado. É esse o caminho, educação mais consistente e segurança disciplinar. Boa!