O CVV (Centro de Valorização da Vida) completou ontem 11 anos de atividade em Jaraguá do Sul. A entidade presta apoio emocional por telefone e presencialmente com objetivo de prevenir o suicídio. A instituição conta com 18 voluntários atualmente.
“Comentários depressivos, de desânimo contínuo, quando a pessoa diz que quer morrer, são sinais fortes, de alerta. Em relação ao suicídio, não existe a frase ‘cão que ladra não morde”, assegura o coordenador da entidade, Isoé Klafke.
O atendimento a quem precisa de apoio emocional é sempre individual e sigiloso, em que o canal é a conversa. Ouvir, sem julgamentos, é o método aplicado.
Pela demanda crescente, o CVV busca ampliar o quadro para 45 voluntários e oferecer o serviço 24 horas. Para fazer parte, os requisitos são: idade mínima de 18 anos e se submeter à capacitação por três meses, com encontros semanais de duas horas e meia.
Em 2015 foram registrados 10 suicídios na região, de acordo com o CVV. Seis ocorreram em Jaraguá do Sul, três em Corupá e um em Schroeder. Ao longo do ano, foram 823 atendimentos (715 por telefone e 108 presenciais). Até ontem, foram 77 atendimentos em 2016.
Em espaço cedido pela Prefeitura de Jaraguá do Sul, no piso superior da Rodoviária, o CVV presta atendimento telefônico diário das 15h às 23h, e presencial das 15h às 22h, incluindo os finais de semana e feriados.
No Brasil, o CVV foi criado em 1962 e hoje está presente em 72 postos distribuídos pelo país. Em Santa Catarina, além de Jaraguá do Sul, existem postos em Joinville, Florianópolis, Blumenau, Itajaí, Rio Negrinho, Balneário Camboriú, Itapema, Criciúma e Chapecó.
A instituição também está em busca de apoio à infraestrutura do espaço físico, que está com o forro do teto comprometido e parte da sede apresenta goteiras. “Buscamos recursos para oferecer um local mais acolhedor”, sintetiza o coordenador.
O telefone para contato com os voluntários é (47) 3275-1144. Mais informações podem ser acessadas no portal www.cvv.org.br.