Quatro alterações à estrutura original da A BMW em que os quatro jovens foram encontrados mortos em Balneário Camboriú foram detectadas pelos exames periciais realizados no carro, alguns com o apoio da empresa fabricante.
Segundo a Divisão de Engenharia Forense da PCISC, as alterações buscavam aumentar a potência e o ronco do motor do carro.
Uma dessas alterações teria sido responsável pela morte dos jovens: a retirada da peça original do catalisador – responsável por eliminar 90% do Monóxido de Carbono emitido pelo motor – e sua substituição por uma peça similar chamada de “downpipe”.
Além de não apresentar o sistema de filtragem dos gases, o novo componente se rompeu durante o uso.
Em um teste de medição de Monóxido de Carbono, foram necessários apenas 16 minutos com o ar condicionado ligado para chegar a contagem de 1.000 ppm (partes por milhão), o nível limite do medidor.
Nesta sexta-feira (12), uma coletiva de imprensa foi realizada na sede da Secretaria de Segurança Pública, em Florianópolis, para divulgar informações sobre o caso e resultados das perícias.
Segundo a Polícia, os corpos não apresentavam lesões traumáticas, o que descartou nas investigações a possível ação de terceiros.
Além disso, os exames do setor de Toxicologia Forense descartaram a presença de entorpecentes, venenos e bebidas alcoólicas nas vítimas.
Da mesma forma, não foi identificada a presença de drogas no veículo nem sinais de violência nas vítimas.
Os exames de carboxihemoglobina apontaram níveis fatais de monóxido de carbono nas vítimas.
Em três dos jovens, a presença da substância era superior a 50% – a quarta vítima ficou entre 49% e 50%.