Com a chegada de um novo ano é humanamente comum pensar em retrospectiva como evoluímos em nossa jornada, em conjunto com um olhar para o ano que se inicia.
As primeiras impressões desse exercício mental são a contemplação das dificuldades e, para os empreendedores atentos, o alinhamento da visão de horizonte, notando as ameaças e oportunidades que podem ser vislumbradas.
Com a recente aprovação da reforma tributária e oneração da folha de pagamento, além de tantas outras normas, tanto inéditas quanto reformadas, cria-se um cenário incerto, que nos exige maior atenção e trabalho árduo dos profissionais técnicos, como contabilistas e advogados, na interpretação e aplicação das normas, assim como o trabalho, não menos difícil, de todos os profissionais e empreendedores que podem ser afetados ou que atuarão nestas novas condições.
Somamos a isso a incerteza econômica, pauta sazonal do povo brasileiro, que vira e mexe volta a nos provocar, com indicadores de baixa inflação e, ao mesmo tempo, sem grandes projeções de crescimento.
Repare, nenhum dos assuntos que abordei acima é efetivamente novo e não deveria causar espanto, ao contrário, penso que já estamos com a pele curtida pelo sol das preocupações e calejados com o trabalho que a burocracia e a visão política por vezes inconsistente nos demanda.
Aliás, devemos ser otimistas em relação ao novo ano que se inicia, pois toda alteração, toda mudança, todo desconforto, gera um repensar, um revisitar e um refletir.
Para o período que temos pela frente novas oportunidades hão de surgir!
Globalmente, em especial no âmbito corporativo, a preocupação básica pela sustentabilidade financeira do negócio tem sido acompanhada, em mesmo grau, pela consideração dada à imagem e aos demais pilares de sustentabilidade (ASG – Ambiental, Social e Governança, ou ainda na sigla em inglês: ESG – Environmental, Social and Governance). E essa é uma condição benéfica, pois muito ainda será discutido em termos legais, ainda este ano, como por exemplo a regulamentação do mercado de carbono.
De outra banda, os avanços em inovação, como melhorias na robótica, o disruptivo e controverso ChatGPT e o mundo por ele descortinado, inclusive com aplicações de IA – Inteligência Artifical, em campos antes inexplorados, como oexemplo recente da IA da gigante Google, que encontrou milhões de novos materiais com aplicação em desenvolvimento de novas tecnologias.
Tudo isso em meio às preocupações com o desenvolvimento interno das empresas, novos meios de contratação e relações de trabalho mais dinâmicas, abertas e independentes. Valorização da cultura empresarial como alma para o negócio e entrega à todas as pessoas envolvidas, inclusive o cliente final.
O exercício mental que iniciamos mostra que podemos superar as dificuldades através das oportunidades ainda a serem descobertas e aproveitadas! Avaliar nossa evolução, erros e conquistas é importante. Manter um olhar ao horizonte de possibilidades é essencial!
Um 2024 formidável a todos nós!
Artigo elaborado pelo advogado sócio Frederico Carlos Barni Hulbert, graduado em Direito pela Fundação Universidade Regional de Blumenau – FURB, com pós-graduação em Direito Civil pela Fundação Universidade Regional de Blumenau – FURB. Atua na área de Direito Ambiental, Civil, Empresarial e Terceiro Setor, da MMD Advogados.