Ó, shhh, tem alguém batendo na porta! Ah, é ele, não tem como impedi-lo de entrar, é o Ano-Novo. Mas espere, será que vai ser mesmo um Ano-Novo ou vai ser uma repetição do que está acabando de virar a página? A resposta vai depender de cada um de nós. Sabemos que não existem o ontem nem o amanhã, só existe o agora. Então, se alguém estiver disposto a mudar a vida o momento é agora, como já devia ter sido ontem… Não é um símbolo inventado, um calendário, que nos pode mudar a vida ou nos trazer um novo significado. Tudo depende só de nós no alongado aqui e agora da vida. Muitas pessoas compraram carne de primeira, vão fazer um churrascão, ou na laje ou na sala bonita da casa… O que tem mais valor, o churrasco da laje ou o do salão da casa cara, rica? O churrasco mais gostoso vai ser o churrasco da laje da vida, o que estiver dentro de nós no modo de ver a vida. Fora do “ponto final” tudo o mais está na palma da nossa mão. As doenças humanas são consequências quase absolutas do modo de pensar, temer, recuar, crer em tolices, provocar, enfim, uma moléstia que está, em todos nós, por princípio, adormecida. Adormecida, mas que pode acordar. E se for acordada, a causa estará na cabeça da pessoa abalada. É triste, mas é verdade humana, semeamos e colhemos. Jogar nossos fardos ao inventado destino ou esperar por um lance de sorte na vida é acomodação danosa, melhor é crer, suar nos esforços e fazer de todos os dias um novo tempo. Vamos lá, vamos abrir a porta para o simbólico Ano-Novo, mas que tenhamos bem claro em nossa cabeça que esse novo tempo nada tem de novo, ou nós o renovamos por novas e melhores ações ou tudo vai acabar lá adiante do mesmo modo ou pior do que está agora. Tudo uma fantasia, insisto, não existe ano novo nem ano velho, existe a nossa cabeça mudando ou não mudando o modo de pensar, crer e agir. Passagem de ano, juntar as mãos e rezar? Ótimo, faço isso, mas… Se for só isso, nada vai mudar. É preciso muita água benta para uma boa mudança. E essa água benta jorra da nossa testa, o suor. Fechamos o acordo? Vai ser um belo ano.
DIFÍCIL
Nós somos o que temos em nossas cabeças, somos nossa memória. E a memória, como o estômago, precisa ser alimentada todos os dias com novos “ingredientes”, isto é, saberes, ideias, novos conhecimentos, enfim, mas… Muito difícil para a brasileirada. Pesquisa do G1 faz-nos saber do óbvio: em torno de 84% dos brasileiros passaram o ano de 2023 sem comprar um único livro… Serão absolvidos se leem jornal todos os dias…
VÍTIMAS
Só há um tipo de vítima no trânsito, a que se esfola ou perde a vida em razão de um safado que fez o que não devia fazer. Então, fique claro, não existe rodovia da morte, existem safados ou da própria vida ou da vida alheia. Que os prudentes das famílias deixem isso muito claro para os viajantes, cartão amarelo antes da viagem para que o “ponto final” do cartão vermelho não surpreenda…
FALTA DIZER
Passagem de ano, muita bebida, muita gente perdendo o juízo e muitas brigas. Não tem cabimento. Um encontro de família, de amigos, acabar em brigas, discussões? Sim, em todos os grupos, a começar pelos grupos familiares, há os frustrados, os entupidos da educação e do respeito. Pisca-pisca do alerta!