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Melancia no pescoço – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

21/12/2023 - 06:12

Sim, era isso o que se dizia no passado para pessoas que queriam aparecer de qualquer jeito: que colocassem uma melancia no pescoço. Era outra época, tempos em que ou você se destacava por alguma qualidade entre os conhecidos e amigos ou simplesmente não existia. Hoje com as diversas plataformas de telas iluminadas pelas mentiras qualquer idiota carrega milhares de “seguidores”. Seguidores do nada. Muita gente que não é nada quer ser alguma coisa. Não podendo ser alguma coisa a saída é entrar nas “redes”, pintar e bordar, mentir e parecer ser. Mas o que me espanta é a falta de pudor, de autorrespeito que se me afigura como a pior das pandemias. Pessoas jovens, pessoas que fizeram televisão, que tiveram bons espaços na mídia, e mesmo os já “coroas”, sem qualquer pudor. Acabei de ler sobre a filha de uma famosa que fez uma declaração que não se justifica. Se for verdade, devia ser verdade familiar, entre filha e mãe, e olhe lá… A jovem provocou esta manchete: – “S… diz que questionou a mãe sobre ter nascido sem ânus”. Você acredita, leitora? A que ponto o despudor chegou! Outra diz que se separou do fulano (cara conhecidíssimo da tevê e da música) porque ele soltava muitos puns na cama. Não foi “puns” que ela disse, foi um sinônimo… Agora é assim. As pessoas dizem o que lhes vêm à cabeça achando que está tudo bem, sem problemas. Será que essas pessoas nunca ouviram que se elas buscam ser interessantes, notadas, que o caminho mais curto é manter a boca fechada? Uma pessoa que se destaque por uma razão ou outra e que mantenha a boca fechada, não falando de suas fraquezas ou nojeiras, será muito mais admirada. Todos nós ficamos inquietos e curiosos diante de pessoas que não abrem a boca para falar de suas intimidades ou fraquezas. Mas a moda agora é falar de tudo, das encrencas no estômago aos problemas lá por baixo, da constipação e das loucuras, tudo “normal”. Que os pais ensinem os filhos a chegar mais cedo ao poder. E esse caminho, o do poder, se encurta com a boca fechada. E não é de hoje que se diz que em boca fechada não entra mosca… Nem saem bobagens.

INGENUIDADES

Ingenuidades levam pessoas a acreditar em coisas sem bases, em lorotas inventadas… Ouça esta manchete que vem do Quênia: – “Os fiéis que se endividaram para pagar dízimo milagroso”. Um grupo de religiosos mentiu criminosamente para pessoas sem escola, inocentes, sobre um dízimo que lhes traria milagres na vida. E muitíssimas pessoas, pobres, se endividaram. Os safados “arrecadadores” tinham que dizer que Deus é onisciente, onipotente e onipresente, que Ele não precisa de “dízimos”. O dízimo de Deus é a nossa decência.

CAMA

Ouvi essa frase pela primeira vez quando era repórter da Voz da América, a emissora oficial do governo americano, a frase diz que – “Ética e lucro não dormem na mesma cama”. Caracas! E acabo de ler que inúmeras empresas continuam vendendo seus produtos embalados sem descontar o peso das embalagens. Quer dizer, pagamos por 200 gramas o que não tem 200 gramas, e assim por diante. Safadeza não percebida por muitos. Negociantes sacripantas!

FALTA DIZER

Por que há cada vez mais crimes e danações contra as mulheres? Ora, porque os homens (homens?) descobriram que as mulheres são mais inteligentes em todas as áreas e não dependem “primitivamente” do sexo como os covardes. Sem falar que elas são mais resistentes a todos os desafios. “Apenas” isso…

 

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.