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PF faz apreensões em SC durante megaoperação contra o tráfico internacional de armas

Armas apreendidas no Brasil e no Paraguai durante a operação. (Foto: Divulgação / PRF)

Por: Luan Tamanini

05/12/2023 - 12:12

A Polícia Federal (PF) realizou nesta terça-feira (5) uma megaoperação contra um grupo suspeito de distribuir cerca de 43 mil armas para as maiores facções criminosas do Brasil. Até o momento, já foram realizadas 67 apreensões em Santa Catarina e outros nove estados brasileiros, que resultaram em 659 armas apreendidas.

Conforme a PF, uma empresa sediada em Assunção, no Paraguai, foi responsável por importar milhares de pistolas, fuzis e munições de vários fabricantes europeus sediados na Croácia, Turquia, República Tcheca e Eslovênia. As armas eram importadas da Europa para o Paraguai, onde eram raspadas e revendidas a grupos de intermediários que atuavam na fronteira do Brasil com o Paraguai, para serem revendidas às principais facções criminosas do Brasil.

A estimativa é de que a empresa investigada teria movimentando R$ 1,2 bilhão em três anos.

A operação foi realizada pela Polícia Federal em parceria com Ministério Público Federal e cooperação internacional com a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (SENAD/PY) com o Ministério Público do Paraguai. A ação contou ainda com a FICTA (Força-Tarefa Internacional de Combate ao Tráfico de Armas e Munições), que é composta pela HSI (Homeland Security Investigations), SENASP (Secretaria Nacional de Segurança Pública) sob Supervisão do Serviço de Repressão ao Tráfico de Armas da PF.

O processo está em curso na 2º Vara Federal de Salvador-BA, a qual expediu 25 mandados de prisões preventivas, seis ordens de prisão temporária e 54 mandados de busca e apreensão em três países: Brasil (17 mandados), Paraguai (21) e Estados Unidos (16).

Até o momento, 19 pessoas das 29 pessoas procuradas no Brasil e no Paraguai já foram presas. Os policias também apreenderam uma grande quantidade de dólares (ainda não contabilizados) e centenas de armas (fuzis e pistolas), na sede da empresa que enviava as mesmas ilegalmente ao Brasil.

Além disso, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 66 milhões em bens, direitos e valores no Brasil e um pedido de cooperação jurídica internacional enviado ao Paraguai para bloqueio de bens, direitos e valores naquele país.

 

 

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