Os jaraguaenses adeptos de uma boa aventura estão se superando cada vez mais. Olha só, na semana passada, o montanhista amador Glauco Rhuan Manske chegou ao cume da montanha Huayna Potosi, com mais de 6 mil metros de altitude, localizada na Cordilheira Real, na Bolívia.
Para essa escalada foram necessários seis meses de preparo físico e psicológico, sem contar o manuseio de equipamentos. Mas, ele inovou! Saca só: buscando fazer uma escalada diferenciada, Glauco usou seu conhecimento de engenharia, para projetar e fabricar parte do equipamento necessário, como por exemplo o piolet (semelhante a uma picareta de gelo, símbolo já consagrado de escalada em gelo).
Segundo ele, projetando o próprio equipamento, fez com que começasse a escalada 6 meses antes e tornou a aventura ainda mais autoral. “Gosto de fabricar as coisas, por exemplo, meu skate longboard e também minha parede de escalada indoor. Estes fizeram parte do meu treinamento físico”, conta Manske. “Pessoas me ajudaram a fabricá-lo, e ao saberem que cheguei ao cume elas puderam sentir que fizeram parte dessa história”, diz. Além do piolet (picareta de gelo) ele também mandou costurar roupas térmicas para se proteger do frio durante a escalada.
Mas não foi só isso, ele também fez todo o cronograma de treinos sozinho, assim como o controle de batimento cardíaco e saturação do sangue durante a escalada, tudo feito através de estudos em livros e artigos científicos. “Todo esse preparo me deu motivação, e confiança para escalar”, complementa o montanhista.
“Embora as condições de gelo e vento não estavam favoráveis, a preparação física que fiz e meus equipamentos, foram cruciais para o sucesso na escalada”, comenta Manske. No dia da chegada ao cume, fazia -10°C, mas mesmo assim ele persistiu e teve a oportunidade de curtir uma bela paisagem ao acompanhar o Sol nascer por trás da Cordilheira.
Esta foi a terceira montanha nos Andes escalada pelo Glauco, que vê na prática esportiva uma forma de se manter saudável fisicamente, superar desafios pessoais e adquirir conhecimento. Para alcançar seu objetivo, foram necessários leituras de livros técnicos e artigos sobre medicina de alta montanha, garantindo assim maior segurança para o período em que esteve escalando.
Fotos: Arquivo Pessoal/Glauco Manske