Antídio Aleixo Lunelli, deputado estadual
No fim desta semana, fomos novamente surpreendidos com a ineficiência do governo federal. No ritmo que estamos caminhando, sabemos que não podemos esperar nada positivo. Mas as mentiras e os erros sucessivos me assustam.
A “boa nova” foi anunciada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em relação às mudanças no texto da Reforma Tributária. Segundo ele, para compensar os benefícios fiscais oferecidos a setores específicos, a alíquota-padrão do futuro IVA (Imposto sobre Valor Agregado) deve aumentar 0,5% em comparação com a versão aprovada na Câmara. Desta forma, a faixa de cobrança que oscilava entre 25% e 27% pode chegar a 27,5%.
Caso o cenário se confirme, o IVA do Brasil pode se tornar o maior do mundo. Na época da aprovação da reforma na Câmara, o país já estava empatado no primeiro posto com a Hungria, que tem alíquota de 27%. Os especialistas ainda temem novas mudanças durante a tramitação do projeto. Ou seja, o preço pago pelos brasileiros pela inabilidade de Lula e seus ministros deve subir muito mais.
Haddad diz que a culpa é das novas exceções. Mas, sejamos sinceros, o PT apoia as alterações, pois não se movimenta para encontrar alternativas e trabalha pela aprovação do texto.
O PT também não faz nada para diminuir verdadeiramente o peso da máquina pública, para simplificar processos, desburocratizar e simplificar. Além disso, desde janeiro, acompanhamos constantes aumentos de impostos por parte do desgoverno de Lula, que se diz defensor dos pobres. Tudo isso para tapar o rombo que ele mesmo criou.
O pior é que ainda existem inocentes que acreditam nessa história por causa dos programas sociais. Não se enganem. Quem vai, mais uma vez, pagar a conta são os setores com menos influência em Brasília. Os mais pobres e a classe média.
Pedimos o bom senso dos senadores que vão apreciar a matéria porque, se depender do governo federal, o Brasil vai sofrer um retrocesso de anos e, todos nós, empresários, trabalhadores, e agricultores, teremos que arcar com as consequências.
A reforma é necessária, precisamos desburocratizar e simplificar o sistema tributário brasileiro, modernizar o sistema e impulsionar a economia. No entanto, temos que mudar a cultura de irresponsabilidade dos nossos agentes públicos, que gastam sem critério, em benefício próprio, com muito populismo e nada de eficiência, e mandam a conta para a sociedade pagar.