Estava programada uma rodada, esta semana, reunindo a bancada estadual do PL, integrada por 11 parlamentares, e o governador Jorginho Mello. Alegando agenda em Brasília, especialmente uma audiência com o vice-presidente Gerado Alckmin, o compromisso junto à bancada ficou para a semana que vem.
A leitura de alguns liberais com assento na Alesc é a de que o governador preferiu adiar essa agenda, sabendo que seria muito cobrado por seus correligionários no que diz respeito à falta de atenção do governo com eles.
Especialmente em relação aos quatro que estão na iminência de disputar as eleições do próximo ano em Tubarão, Concórdia, Joinville e Balneário Camboriú.
Os deputados, obviamente, desejam ser prestigiados por parte de Jorginho. Sobretudo os que estão se dispondo a enfrentar as urnas em quatro cidades estratégicas.
Estratégia
O resultado de 2024 será fundamental para o próprio projeto de recondução do atual inquilino da Casa d’Agronômica. O que vem incomodando os parlamentares não se restringe apenas ao respaldo governamental de seus pleitos, mas também à definição de candidaturas que não passam pelo Legislativo estadual no contexto liberal.
Incógnitas
Como, por exemplo, a cidade de Blumenau, o terceiro maior colégio eleitoral. Qual o caminho o PL seguirá ali? E em Florianópolis, qual será a direção? Indicar o vice de Topázio Neto? Ou não? E Chapecó? O PL terá candidato próprio ou vai apoiar João Rodrigues?
Vazio
Está faltando estratégia e apostas em nomes do PL para cidades estratégicas. Sem isso, o partido do governador não poderá fazer frente a candidaturas adversárias postas no tabuleiro eleitoral.
Passos de cágado
Já há o convencimento de que o governo e o próprio Jorginho estão devagar, quase parando. Sem conversar, sem articular, sem conduzir os encaminhamentos.
Por um triz
Já foi assim, saindo da seara eleitoral para o panorama do Legislativo eleitoral, em fevereiro. Jorginho foi eleito em 30 de outubro. Teve novembro, dezembro e janeiro para articular e participar da eleição do presidente da Assembleia. O que não ocorreu. Na última hora o governo não foi derrotado porque o MDB e o PSD aceitaram conversar com o PL. Jorginho correu sérios riscos de sofrer uma derrota significativa já no segundo mês de seu governo.
Logo ali
Vale lembrar que tem eleição para a Mesa da Alesc em 2025. Está distante no calendário? Sim, mas há articulações mil neste momento para a sucessão de Mauro de Nadal.
Petista
O nome já definido por um grupo influente de deputados é o da petista Luciane Carminatti, a segunda mais votada no estado em 2022. Ela conquistou quase 100 mil votos.
Tudo junto
Aquilo que já projetamos aqui em vários momentos evolui a todo vapor: a união de PT e de PSD para fazer frente ao governador em 2026. A seu turno, o PL, presidido pelo próprio governador, não se articula. Nem para as eleições de 2024 e nem para a eleição na Alesc em 2025.
Cachimbo cai
Salvo engano, o governador pode estar dormindo de touca na seara político-eleitoral. A desarticulação é absoluta.