Pouquíssimos institutos de pesquisa merecem confiança e fé pública atualmente no Brasil. Sempre destacamos o Paraná Pesquisas. Foi uma empresa que conseguiu, nas eleições presidenciais do ano passado, fazer uma aferição legítima, correta e competente, e que esteve muito próxima do resultado final do pleito. Muitas pesquisas agora estão divulgando o suposto quadro atual da polarização política, consolidada em 2018. Resultado também da Operação Lava Jato. É sempre bom refrescarmos a memória. Jair Bolsonaro elegeu-se naquele ano pelo voto anti-PT. Lula da Silva, o ex-mito, estava preso, pois foi flagrado com a mão no baleiro. Ele e seus comparsas foram devidamente enquadrados pela maior operação contra a corrupção no mundo. Foram recuperados nada mais, nada menos do que R$ 6 bilhões. Em 2021, muitas supremas togas indicadas ao STF por Lula da Silva e pela companheira Dilma, a inepta, trataram de descondenar e tirar o presidiário do xilindró. Ele voltou e teria vencido a eleição contra Bolsonaro com o voto da esquerda e com o sentimento anti-bolsonarista. As duas últimas eleições, portanto, foram nessa toada de lulismo x bolsonarismo.
Lula “passeando” III Caminhamos para o final do primeiro ano sob Lula III. Ele tem passado muito, mas muito tempo no exterior. A maior parte deste tempo, passeando. Levando a primeira-dama, Janja, a conhecer as delícias da vida internacional. Tudo com o meu, o seu, o nosso dinheiro. Uma festa.
Terceiro round A polarização segue à luz do dia. Apesar de tudo o que estão fazendo a partir deste conluio do Judiciário com o Executivo para desmoralizar Bolsonaro, já tornado inelegível pelo TSE, o ex-presidente continua a merecer a confiança de parcela significativa da população brasileira. Lula, apesar das presepadas e de seu comportamento patético em série, continua a ter adeptos. Tudo leva a crer que em 2026 teremos novamente a polarização depois de passarmos pelo pleito municipal de 2024, que será um bom termômetro acerca dos humores do eleitorado.
Sem chance E o centro? O MDB, o PSD não têm perspectivas? A priori, chance zero de elegerem um presidente. Teremos novamente o enfrentamento da esquerda com a direita.
Lulofanáticos E se Lula não for candidato? Será o poste Fernando Haddad outra vez. O ex-mito colocou o pupilo na Fazenda já pensando nisso. Há, contudo, divergências no seio da organização. Tem gente defendendo nova candidatura do descondenado.
Quem conta? Alckmin estava pensando em ter o apoio do PT e dos petistas. É melhor que o paulista sente para não ficar cansado. Essa possibilidade não existe.
Alternativa Pela direita, com Bolsonaro inelegível, o nome certo é o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. E o mineiro Romeu Zema? Seria o nome natural até porque em 2026 estará completando seu segundo mandato, que, registre-se, tirou Minas Gerais do buraco onde o estado foi enfiado por uma gestão corrupta e incompetente do PT. Tarcísio acabou de assumir o comando do mais importante estado da federação.
Estofo Ocorre que Zema não tem a embocadura de Tarcísio e nem é muito próximo de Bolsonaro. Tarcísio de Freitas foi guindado ao governo pelo ex-presidente. Tiveram alguns problemas entre eles, mas nada que afete a estrutura política do grupo.
Câmara Alta Michelle Bolsonaro deve ser candidata ao Senado. O Café com Leite, política que reunia políticos paulistas e mineiros, muito usada nas primeiras décadas do século passado, pode se repetir com uma chapa Tarcísio e Zema lá em 2026. Lulodependência Uma coisa é Bolsonaro fora de combate. Mesmo que ele não seja mais candidato, a direita continua aglutinada. Pergunta-se: e com Lula fora de combate? Seja pela razão que for, qual o desdobramento disso na esquerda? Um desastre. O PT não tem ninguém. Os petistas, além de lulofanáticos, são lulodependentes.