A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda revisou sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,5% para 3,2% em 2023. Essa mudança é motivada por uma série de fatores, incluindo o crescimento de 0,9% do PIB no segundo trimestre, um aumento na safra agrícola, expectativas positivas para o terceiro trimestre e uma possível recuperação econômica na China no quarto trimestre.
Setores em ascensão:
- Agropecuária: A projeção de crescimento para o setor agropecuário subiu de 13,2% para 14%, impulsionada por uma safra recorde.
- Indústria: A indústria também viu sua estimativa de crescimento aumentar, de 0,8% para 1,5%.
Serviços: O setor de serviços teve uma revisão otimista, com a projeção de crescimento subindo de 1,7% para 2,5%.
A estimativa de crescimento para 2024 permanece em 2,3%. De acordo com o secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, as projeções do mercado financeiro têm confirmado as estimativas do Ministério da Fazenda. Ele enfatiza que o mercado tem mostrado resultados favoráveis em relação à economia brasileira.
Inflação e outros indicadores:
- Inflação (IPCA): A previsão de inflação se mantém, ficando acima da meta estabelecida em 3,25% para 2023. A estimativa para 2024 subiu de 3,3% para 3,4%.
- INPC: O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que afeta o salário mínimo e aposentadorias, deverá encerrar o ano com uma variação de 4,36%.
- IGP-DI: A projeção para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) caiu de uma deflação de 2,06% para uma deflação de 3%.
- Médio Prazo: Apesar da desaceleração econômica prevista para 2024, as estimativas para o próximo ano estão melhorando. O setor agropecuário deverá desacelerar devido a uma supersafra e previsões de anomalias climáticas. No entanto, indústria e serviços devem se beneficiar de políticas de apoio à renegociação de dívidas, programas de transferência de renda e incentivos ao investimento.
Essas projeções indicam um cenário otimista para a economia brasileira, com expectativas de crescimento sólido para 2023, apesar dos desafios econômicos globais.
*Com informações de Agência Brasil