Encerrada as investigações relacionadas ao sequestro de uma menina de 11 anos, ocorrido na madrugada de 23 de agosto de 2023, no bairro Pio Corrêa, em Criciúma. A Polícia Civil de Santa Catarina anunciou o desfecho e prenderam todos os suspeitos envolvidos na ação criminosa, que resultou na captura da criança.
Seis pessoas foram apontadas como participantes do sequestro, todas identificadas e detidas, sendo que duas delas estão sob prisão preventiva. Segundo a investigação da Polícia Civil, não há indícios de envolvimento de outras pessoas no crime, e a motivação foi exclusivamente financeira.
O planejamento do sequestro teria sido concebido por um jovem de 28 anos, que foi preso na última quarta-feira (13). Ele estava entre os cinco suspeitos que participaram da captura da menina. A namorada dele também esteve envolvida na ação e foi detida.
Um dos suspeitos foi preso ainda enquanto o sequestro estava em andamento, no bairro Brasília. Outros dois foram detidos no dia 1º de setembro, à medida que as investigações avançavam, e os três restantes foram capturados entre os dias 13 e 15 de setembro.
“Entre os presos, temos o mentor e sua namorada, que estavam com a menina no veículo usado para mantê-la refém. Identificamos também um indivíduo responsável por coordenar a ação, atuando como ‘gerente’ do crime, e os outros três foram os executores diretos”, esclareceu o delegado Anselmo Cruz, titular da Delegacia de Roubos e Antissequestros da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Dras/Deic).
As autoridades policiais descartaram qualquer envolvimento de pessoas próximas à família da vítima no crime e afirmaram que a motivação não tinha relação com as empresas do pai da menina.
“O grupo que foi preso foi quem planejou e executou o sequestro. Não há mais ninguém envolvido. Não há nenhuma ligação contratual com a empresa da família. A investigação concluiu que todos os detidos atuaram em conjunto, alguns com maior liderança no grupo e outros apenas cumprindo ordens. Todos são da região, todos estão identificados e foram encaminhados ao sistema prisional”, enfatizou o delegado Yuri Miqueluzzi, da Divisão de Repressão a Roubos da Divisão de Investigação Criminal (DRR/DIC) de Criciúma.
De acordo com a Polícia Civil, a liberação da vítima ocorreu após o plano de sequestro ser prejudicado. Evidências encontradas no celular de um dos investigados sugerem que a desistência da ação pode ter sido motivada pela investigação em andamento.
Os seis presos enfrentarão acusações de extorsão mediante sequestro, com agravante de terem envolvido uma criança e de o sequestro ter durado mais de 24 horas, além de responderem por associação criminosa. Se condenados, cada um deles pode enfrentar uma pena de mais de 20 anos de prisão.