Stakeholders, são grupos ou indivíduos com interesse ou influência sobre uma organização, dentre eles: acionistas, investidores, colaboradores, clientes, fornecedores, comunidade e Órgãos Reguladores.
Não há como desconsiderar a relevância dos stakeholders nas operações empresariais. São eles que impulsionama construção de relações sólidas e bem-sucedidas, podendo-se afirmar que o sucesso e a sustentabilidade dos negócios estão intimamente ligados à satisfação dos stakeholders.
Neste ambiente empresarial complexo e interconectado, subsiste o interesse empresarial na obtenção de lucros, porém, do ponto de vista dos stakeholders, demandas por sustentabilidade, transparência e responsabilidade social exercem papel de destaque.
Nesse contexto, práticas de ESG – Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e de Governança) tornam-se diferenciais poderosos, fortalecendo a reputação societária e gerando publicidade positiva para as empresas, impulsionando sua performance perante os stakeholders e a sociedade.
Empresas ambientalmente corretas e de práticas sociais aprimoradas mitigam riscos e impactam positivamente suas comunidades. Essa abordagem atrai stakeholders de maior valia, especialmente investidores estrangeiros.
No âmbito da Governança Corporativa, quando estabelecida de forma sólida e implantada estrategicamente, torna-se uma poderosa ferramenta de gerenciamento dos diversos interesses e expectativas dos envolvidos, para que esses se equilibrem, deixem de colidir e passem a coexistir de forma harmônica, criando uma relação de confiança.
Um bom panejamento de Governança Corporativa é capaz de estruturar toda organização e o grupo empresarial ao qual faça parte, definindo claramente o organograma empresarial, bem como as competências de cargos e, principalmente, as diretrizes de gestão.
Instrumentos como Acordo de Sócios, Conselhos e Políticas de Transparência garantem uma estrutura bem definida para a tomada de decisões, otimizando a gestão empresarial, promovendo resultados eficientes e assertivos para todas as partes, enquanto os Comitês e a Gestão de Riscos e Compliance viabilizam a segurança da organização.
Os Conselhos de Administração e Consultivos trazem uma perspectiva externa e independente para a gestão da empresa. Com membros especializados e experientes, esses conselhos ajudam a orientar a estratégia e a tomar decisões mais informadas, alinhadas aos interesses empresariais junto aos diversos stakeholders.
Os Comitês Internos são grupos especializados que se concentram em áreas específicas, como auditoria, tributária, jurídica, ética, dentre outras. Esses comitês são responsáveis por tomar decisões estratégicas, monitorar o desempenho da empresa e garantir que as melhores práticas sejam seguidas. Além disso, a existência de Comitês Internos demonstra o comprometimento da empresa com a transparência, a ética e a boa governança, fortalecendo sua reputação perante os stakeholders.
Por fim, a Gestão de Riscos e Compliance, envolve a criação de mecanismos para identificar, avaliar e minimizar riscos, garantindo a sustentabilidade da empresa.
Ao adotar as estratégias de Governança como Acordos de Sócios, Conselhos, Transparência e Gestão de Riscos, a empresa cria um ambiente de colaboração com seus diversos públicos de interesse, preparando a organização para o enfrentamento dos desafios do mercado, construindo relações bem-sucedidas de longo prazo.
Por Célio Dalcanale- OAB SC 9.970
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