Um homem estuprou a sobrinha, de 14 anos, a engravidou e depois forneceu medicamento abortivo em Itapema. O caso foi registrado na manhã desta terça-feira (12). A Polícia Militar foi chamada para atender a ocorrência por volta das 11h.
A PM foi chamada pela diretora adjunta de uma escola para verificar uma denúncia de abuso sexual contra uma aluna. A guarnição foi informada de que a adolescente relatou para colegas que o irmão da mãe dela a estava abusando sexualmente.
Ela também disse que estava grávida de aproximadamente sete semanas, que teria comprado um medicamento abortivo na internet e iniciou o tratamento naquele dia. Na segunda-feira (11), a diretora chamou a mãe da menina e a adolescente confirmou a situação.
A mãe afirmou que fez um teste de gravidez na farmácia e o resultado foi positivo. Então, a diretora levou as duas para o Hospital Santo Antônio. Como a aluna não compareceu na escola na terça, ela ficou preocupada e chamou a Polícia Militar.
Ao receberem as informações sobre o caso, os policiais militares foram até o posto de saúde e localizaram a adolescente aguardando o atendimento com a mãe. Na presença da conselheira tutelar, a vítima confirmou que sofre os abusos cometidos pelo tio, de 46 anos, desde 2017.
Em 2017, foi feito um boletim de ocorrência, mas, por não ter ocorrido a conjunção carnal, a perícia foi inconclusiva e não subsidiou de forma incontestável que ocorreu o estupro. Os estupros continuaram e a conjunção carnal ocorreu pela primeira vez em 2021. Depois disso, ocorreram outros abusos sexuais.
A jovem contou que o tio aproveitava os momentos em que a sobrinha estava sozinha em casa. Ele pulava a janela ou entrava pela porta da frente, por ter livre acesso à casa, e estuprava a garota diversas vezes. O homem chegou a cometer o estupro enquanto a vítima assistia filmes com os filhos dele em um colchão.
A vítima informou que iniciou o procedimento abortivo utilizando Cytotec, medicamento proibido no Brasil. Os comprimidos foram fornecidos pelo autor e ela foi obrigada a tomar a medicação de 12 em 12 horas para causar o aborto.
Em consulta, o médico disse que possivelmente a menina já perdeu o feto, pois havia um grande sangramento. A jovem entregou para a guarnição a cartela fornecida pelo estuprador. A menina foi encaminhada para a Polícia Científica para a realização do exame de corpo de delito em companhia da mãe e da conselheira tutelar.
A guarnição foi até a residência do autor, mas não havia ninguém na casa. Os policiais militares verificaram que malas estavam prontas para viagem com outros pertences embalados. A suspeita é de que ele estava planejando fugir para o Alagoas. Até o momento, o homem não foi localizado.
Receba no seu WhatsApp somente notícias sobre segurança pública da região (acidentes de trânsito , ações policiais):
Telegram