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Será mesmo fome? – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

11/08/2023 - 06:08

Não nos basta saber que certas coisas não nos fazem bem, o que funciona é puxar o freio diante dos ímpetos, da vontade de fazer. Muitas vezes fazemos o incorreto, sabemos disso, mas… Fazemos. Há pouco estava de crista caída, chateado, amuado mesmo. Sim, mais uma vez… Levantei da cadeira dos meus desconfortos e fui como que puxado por uma mão invisível até à cozinha. Na cozinha, como que empurrado por outra mão invisível, abri a geladeira e a comecei a olhar de alto a baixo. O que comer? Sim, eu queria comer, mas comer algo doce, um doce mesmo e se possível. Peguei um caqui e saí mandando ver. Parei, voltei e peguei outro, só um caqui era pouco… Estava com fome? Não, estava era com fome de algo bom ao espírito, à alma, isso sim. Sei, desde há muito, que comida, a doce especialmente, é chamada pela psicologia psicanalítica de alimento gratificante. Vem desse “gratificante” muito do sobrepeso que nos incomoda. Não vamos longe, costumamos prometer doces, chocolates às crianças que se comportarem bem… É um tipo de chantagem, mas uma chantagem alicerçada sobre a verdade. A comida de fato é um prêmio em nossa vida, ela tanto nos salva da fome mortal quanto nos faz celebrar silenciosas e solitárias festas. Um acabrunhado, um ansioso, costuma regularmente ir à geladeira à procura de algo que o faça sentir-se melhor. É uma procura que parece consciente, mas não o é, é um ditame dos porões da mente infantil, “doces” são prêmios, doces ou comidas de qualquer tipo. Muitas das “gorduras” que andam por aí, gemendo as roupas ao vesti-las, são resultantes da nossa busca inconsciente por um alívio, por um prêmio, por algo gratificante. E aqui entre nós, leitora, nada mais gratificante que um doce ou uma boa comida quando estamos de crista baixa. Há muitas pesquisas sérias sobre comidas e pessoas gordas e magras. Ficou claro o óbvio, sobrepeso ou magreza dependem, em bom grau, da genética humana, mas… Muito das magrezas e das obesidades depende da nossa cabeça. E já estou falando por mim mesmo. Chega de trocar de cintas, pobrezinhas das cintas, o negócio é segurar o freio, reconhecer a crista baixa, buscar de suas razões e sossegar o facho para não ir tanto à geladeira, o paraíso na cozinha, um paraíso para os de crista baixa…

CÉU

Já disse incontáveis vezes que a Psicologia não é fada madrinha, ela é bruxa má, nos tira as máscaras. Comer faz bem para os amuos do tédio? Faz. Enquanto degustamos uma boa comida ou um doce bem doce, esquecemos o que nos alfineta o espírito, ou a alma. Esquecer a encrenca faz bem, e nada melhor que o “céu da boca” para nos distrair, anestesiar. Talvez por isso as geladeiras sejam brancas, a cor da paz…

MOTIVAÇÃO

Se for o dono, melhor ainda. Tenho cansado de dizer que a presença de diretores pelos corredores das empresas faz bem a todos que nelas trabalham. Os empregados, opa, desculpe, quis dizer os colaboradores, vão se sentir reconhecidos, vão chegar mais perto do “poder”, vão descobrir simpatias e com isso o engajamento será melhor. Nada de intimidades, mas de calor humano, faz bem a todos e à tosse…

FALTA DIZER

Não fosse pela obrigação de cidadão e jornalista, ia tapar os olhos e os ouvidos. Bandidagem, crimes bárbaros, feminicídios, tudo do ruim ao pior neste Brasil. “Martelo” nos bandidos, uma vez só e eles aprenderiam, e pela “lição” outros não fariam.

 

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.