Em junho de 2023 tive o privilégio de fazer a primeira cirurgia Robótica para correção da paralisia diafragmática de Santa Catarina e do Paraná.
Existem dois músculos diafragmáticos, um a esquerda e outro a direita. Eles são responsáveis pela vida, a partir da organização da respiração e regulação da força abdominal sobre a região torácica, comprimindo o coração e o próprio pulmão. O diafragma é o chão do tórax e o teto do abdômen, ele se movimenta como uma sanfona, na inspiração ele se contrai e empurra o conteúdo abdominal para baixo e na expiração ele relaxa e deixa a força abdominal empurrar o diafragma para cima, empurrando o pulmão e, por conseguinte, expele o ar para fora.
Agora imaginem se um deles perder a função de contrair, paralisar?
O músculo sem esforço fica fraco e fino e mesmo sem romper, ele irá deixar de manter as vísceras abdominais no seu lugar. Ou seja, a pressão abdominal durante uma tosse, ou o ato de ir ao banheiro fazer o n* 1 ou o n* 2 será capaz de avançar para dentro do tórax, onde o diafragma paralisou, causando uma pressão constate sobre os órgãos torácicos.
Muitas vezes, esses indivíduos vão levando a vida de forma até tranquila, com algumas restrições, como um mal-estar quando se deita para um dos lados, ou apresenta dificuldade para amarrar o sapato ou flexionar o corpo, pode ter falta de ar durante maiores esforços ou após grandes refeições.
O drama com esse problema vai ocorrer quando algo exija uma maior eficiência do sistema respiratório e se instale na forma de um trauma, de uma virose respiratória, de uma pneumonia, ou precisou fazer alguma cirurgia. Muitas vezes, esse defeito pode facilitar a necessidade de ficar em uma UTI. Bom, nessas horas, aquele músculo bobo, fino e relaxado vai fazer falta.
Esta alteração pode ser congênita ou adquirida, o diagnóstico pode vir a partir de uma simples raio x, o mais comum é ser unilateral, pois nos casos bilaterais o paciente não conseguir respirar sem ajuda de aparelhos.

Paralisia à esquerda (foto: divulgação)

Pós-operatório
A cirurgia não é para todos, mas depois de uma consulta especializada e exames definitivos, muitas dúvidas serão eliminadas e com os pés no chão será possível decidir qual o melhor caminho a se tomar.
Nos casos unilaterais com sintomas, o único tratamento é o cirúrgico. A idéia básica é pegar um tecido que ficou largo e fino e fazer uma plicatura. Isso mesmo, costurar ele a fim de diminuir o seu tamanho e, com isso, deixá-lo mais tenso a fim de conseguir separar o tórax do abdômen.
A melhor forma de fazer isso é usando a técnica minimamente invasiva, e dentre elas, a mais segura e mais assertiva na atualidade é a plicatura robótica, no meu ponto de vista. Parto dizendo a partir da experiência adquirida nas duas técnicas, vídeo e robótica. A facilidade de criar ângulos com as pinças favorece demais a costura desse músculo cheio de vizinhos importantes, tanto para o lado torácico quanto para o lado abdominal. A visão 3D, a mobilidade das pinças de forma mais eficaz que a própria mão, a diminuição do tremor básico e chance de ter três braços falam por si só sobre essa interface maravilhosa que é o sistema robótico. Dentro deles, o meu preferido é a plataforma D’Vinci, a mais consagrada.

Tomografia no mesmo paciente

Cirurgia Robótica para correção de paralisia diafragmática
Por DR. Giovani W. Mezzalira
Formado pela Universidade Federal do Rio Grande/RS- FURG. Realizou residência em Cirurgia Geral pelo Hospital Universitário de Rio Grande FURG/RS.
Especializado em Cirurgia Torácica pelo Hospital Universitário Evangélico de Curitiba nos anos de 1999 a 2000. Mestre em Cirurgia Torácica pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná- PUC/PR.
Pós-graduação latu Sensu em Cirurgia Robótica no Hospital Albert Einstein.
Aprimorou suas técnicas no curso de Cirurgia Minimamente Invasiva Single-Port pelo Shanghai Pulmonary Hospital.
Cirurgião Torácico Robótico, Chefe do Serviço de Cirurgia Torácica de Jaraguá do Sul, Diretor e Fundador da Clínica Toracopulmonar.
Atualmente atua como Cirurgião torácico na cidade de Jaraguá do Sul e Cirurgia Robótica Torácica na cidade de Curitiba, Blumenau e no Hospital Albert Einstein em São Paulo.
Qualificação profissional – Experiência – Tratamento Humanizado
Excelência em Cirurgia Torácica.
– Atendimento em hospitais de Blumenau, Curitiba e no Hospital Albert Einstein;
– Único Cirurgião Torácico do Paraná e Santa Catarina a fazer parte do corpo clínico do Hospital Albert Einstein.
Mais informações
Clínica Toracopulmonar (Dr. Giovani Mezzalira – CRM-SC 8611)
Endereço: Rua João Planincheck, 1990, sala 513, Jaraguá Esquerdo, Jaraguá do Sul – Edíficio Blue Chip Centro Executivo
Site: toracopulmonar.com.br
Facebook e Instagram @clin.toraco
Este endereço funciona como um cartão virtual com todas as informações que foram disponibilizadas acima(drgiovaniwm.com.br)