Conheça as histórias das pessoas que dão nome às pontes de Jaraguá do Sul e que muito contribuíram para o desenvolvimento do município:
Ponte Abdon Batista (Czerniewicz – Centro)
Médico e empresário, natural de Salvador/BA, foi vereador em São Francisco do Sul, prefeito de Joinville, deputado provincial e estadual na Casa Legislativa, governador interno de Santa Catarina e senador da república por Santa Catarina, no século 19 e início do século 20. Em Joinville, viabilizou a reforma do ensino público.
Ponte Tavares Sobrinho (Centro – Ilha da Figueira)
Francisco Tavares da Cunha Melo sobrinho nasceu em 1873 em Itambé, Pernambuco. Sua trajetória começou em seu estado natal, onde se formou Direito pela Faculdade do Direito de Recife, concluído em 1894. Mudou-se para Santa Catarina em 1895, atuando como promotor público em São José e Juiz de Direito em São Miguel, Tijucas e Joinville. Foi um dos fundadores do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina, em 1896.
Foi eleito deputado estadual por duas vezes. Em Joinville foi advogado, conselheiro (atualmente, o mesmo que vereador) e intendente municipal (prefeito). Em 1914, passou a ser juiz de Direito avulso e logo foi empossado desembargador pelo Tribunal de Justiça do de Santa Catarina, onde foi presidente de 1924 a 1930 e em 1934.
Junto com José Boiteux, fundou a Faculdade de Direito de Santa Catarina em 1932, onde foi o primeiro diretor e professor de Direito Civil.
Ponte Olavo Marquardt (Reinoldo Rau/Max Wilhelm)
Olavo Marquardt nasceu em 1948 e faleceu em 1990, deixando a esposa, Marilze Marquardt, dois filhos e uma filha. Foi professor na escola Holando Marcelino Gonçalves, diretor na empresa têxtil Cyrus, presidente do Lions Clube Centro, de Jaraguá do Sul, onde desenvolveu a campanha de agasalho para pessoas carentes.
Foi também chefe de gabinete do prefeito Durval Vasel, por dois anos, em seu primeiro mandato. Como atleta, representou Jaraguá do Sul nos Jogos Abertos de Santa Catarina nas modalidades dardo e bolão. No Lions Clube, foi um dos que lutaram pela instalação do posto do INSS de Jaraguá do Sul.
Ponte Walter Breithaupt (ponte da Rede Feminina)
Nascido em 5 de dezembro de 1895, em Blumenau, Walter Breithaupt chegou a Jaraguá do Sul 1918, onde instalou-se em imóvel na rua Getúlio Vargas. Foi o primeiro despachante do ramal Mafra-São Francisco do Sul, estrada de ferro mantida, então, pela extinta Rede Ferroviária Federal.
Em 1921 iniciou suas atividades comerciais. Em 1926, juntamente com seu irmão, Arthur, fundou a firma Breithaupt & Cia, onde atuou durante toda a vida. Dessa empresa nasceu a rede Breithaupt de lojas e supermercados, presente na vida dos jaraguaenses por muitos anos.
Ponte Maria Moser Grubba (Centro – Amizade)
Maria Moser Grubba atuou na sociedade jaraguaense ao lado de seu marido, o imigrante prussiano Bernardo Grubba, que veio para o Brasil com 13 anos. Maria e Bernardo casaram-se em 1900 e iniciaram um pequeno comércio que, com o empenho de ambos, se tornou uma sólida organização comercial. Tiveram 10 filhos, entre eles Waldemar Grubba, que foi prefeito de Jaraguá do Sul, e Álida Grubba Rudge, que ficou conhecida por chegar à idade de 113 anos, falecendo em 2016.
Ponte Carlos Frederico Vasel (Ponte do Beira Rio)
Carlos Frederico Vasel nasceu em 1919, em Jaraguá do Sul. Aos 18 anos, foi convocado para o serviço militar, sendo incorporado às fileiras do 13º Batalhão de Caçadores (atual 62º Batalhão de Infantaria), em Joinville. Em 1944 ingressou na Força Expedicionária Brasileira. No mesmo ano, embarcou para a Itália, onde atuou, contra o nazismo, ao lado das forças aliadas na Segunda Guerra Mundial.
Durante a Guerra, participou de todas as ações de sua unidade, destacando-se a conquista de Monte Castello, Montese e Fornovo di Taro. Ao final da guerra, retornou ao Brasil, onde exerceu atividades no ramo madeireiro. Faleceu em 1995. Casado com Elfrieda Vasel, deixou seis filhos, entre eles o ex-prefeito Durval Vasel, falecido.
Ponte Antônio Ribeiro/Ponte do Trabalhador (Vila Lalau – Ilha da Figueira)
Filho de José Teodoro Ribeiro, Antônio Ribeiro deu continuidade à fábrica de farinha e cachaça deixada pelo pai, após seu falecimento. Atuou como inspetor de quarteirão da Ilha da Figueira (uma espécie de policial, na época). Entre suas atuações comunitárias, colaborou com a construção da Igreja São Sebastião e do Hospital São José. Doou terreno para instalação de um campo de futebol. Foi sócio fundador da Sociedade Vitória.
Ponte Marly Baumer (Ilha da Figueira – Centenário)
Esposa de Gerd Edgar Baumer, que durante muitos anos foi vice-presidente da Weg, Marly Baumer nasceu em Joinville em 1937. Em 1958, o casal fixou residência em Jaraguá do Sul. Com o marido, Marly dedicou grande parte de sua vida na busca de melhorar a vida do cidadão jaraguaense. Foi cofundadora do Lions Clube de Jaraguá do Sul, da Ação Social de Jaraguá do Sul, da Apae de Jaraguá do Sul, da Associação Assistencial Lar das Flores e da Rede Feminina de Combate ao Câncer.
Ponte Desembargador Mário Rau (Amizade – Rau)
Mário Rau nasceu em 5 de junho de 1944, em Jaraguá do Sul, de família residente no atual bairro Waldemar Rau. Cultivou, desde cedo, o desejo de ser juiz. Graduou-se em ciências econômicas, em 1965, pela Pontifícia Universidade do Paraná e em Direito, em 1967, pela Universidade Federal do Paraná.
Ingressou na magistratura em 1969, como juiz substituto, atuando na Comarca de Paranavaí, no Paraná. No mesmo ano, foi aprovado em concurso público e promovido a juiz titular. Atual em diversas comarcas, inclusive Curitiba e, em 1993, foi nomeado desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná. Faleceu em 2009, sendo sepultado em Jaraguá do Sul.
Ponte José João Vailatti (Jaraguá Esquerdo – Vila Nova)
José João Vailatti, casado com Maria Cristina Vailatti, atuou em diversas profissões, lavrador, açougueiro e comerciante. Sempre se dedicou a causas comunitárias, em igrejas, clubes, escolas etc. Doou terras para a construção de escolha e igrejas.
Ponte Maria Vailatti (Vila Nova – Centro)
Maria Cristina Vailatti era esposa de João Vailatti. Ao lado do marido, atuou em causas comunitárias.
Ponte Ottília Prim Schmitt (Jaraguá Esquerdo – Rio Molha)
Filha de Pedro Prim e Maria Phillippi, nasceu em abril de 1898, em São Pedro de Alcântara. Casou-se com Arnoldo Leonardo Schmitt naquela cidade. Em 1916, após quatro dia de viagem em uma carroça, instalou-se na Estrada Blumenau (atual rua Walter Marquardt), com seu marido, onde abriram um modesto curtume, denominado Curtume Arnoldo Schmitt.
Contribuiu com doações de terrenos de terrenos em locais onde hoje estão edificados o Colégio São Luís, o Hospital São José, o Colégio Divina Providência e o Salão Cristo Rei, atual Igreja São Sebastião.
Colaborou, junto com seu marido, para a vida do primeiro médico de Jaraguá do Sul, doando uma casa para o profissional.
Ponte Zafferino Paoletto (Nereu Ramos – Santo Antônio)
Natural de Timbó, Zefferino Paoletto escolheu Jaraguá do Sul para morar e construir a sua história de vida, sendo presente e participativo na comunidade. Aos 23 anos de idade, foi convocado para o Exército, atuando na Segunda Guerra Mundial como observador. Trabalhou durante 35 anos na Prefeitura de Jaraguá do Sul. Participou de forma direta na construção da ponte que liga os bairros Nereu Ramos e Vila Machado. Por esse motivo, foi homenageado, após a morte, com o nome daquela ponte.
Ponte Ricardo Grützmacher/Ponte do Rodeio (Três Rios do Sul)
Procedentes da Alemanha, a família Grützmacher estabeleceu-se em Blumenau, SC, onde dedicaram-se à lavoura e, mais tarde, ao comércio. Germano Grützmacher, depois de ter constituído família e querendo melhores condições de vida para os familiares, optou por vir para Jaraguá do Sul. Na cidade, adquiriu lotes nas localidades conhecidas como Três Rios do Sul e Três Rios do Norte. O filho mais velho, Ricardo Grützmacher, foi o primeiro tomar posse de sua parte, sendo praticamente o pioneiro daquela região