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Línguas mal-educadas – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

21/06/2023 - 08:06 - Atualizada em: 30/06/2023 - 15:29

Uma das palestras que mais me pedem é sobre comunicação. Num primeiro momento, eu fazia essas palestras só para jornalistas, em emissoras de rádio, jornal e tevê, mas… A coisa se expandiu, hoje falo para muita gente fora desse mercado. Costumo dizer, ao início de minhas palestras, que a partir daquele momento, eu sobre o palco, fico indefeso, não tenho como me defender. Vou falar e… – “Fala, se queres que te conheça”! Não há como escapar, ninguém fala por uma hora e meia sem se revelar da cabeça aos sapatos. E faço uso dessa verdade quando ouço pessoas. Dia destes, duas situações reveladoras nos foram passadas. Reveladores de pessoas que não estão nem aí para o que dizem, ou por ignorância ou mesmo para provocar. Uma graduada funcionária pública, de um Estado lá de cima, não mediu palavras e disse que ganha 37 mil reais por mês e que isso só dá para brincos, pulseiras e sapatos para ela… Tem cabimento uma funcionária pública dizer isso? Quantos no Brasil, entre grandes profissionais, chegam a ganhar 37 mil por mês? Milhões e milhões de brasileiros arrastam chinelos para conseguir para as contas, as continhas… A mulher, a frustrada com os 37 mil, se revelou, bah… Outra, uma atriz conhecidíssima, que vive dando entrevistas e se queixando de pessoas e da vida, disse de público, que – muitas vezes desejou a morte do ex-marido, e explicou das razões. Esse marido era na época grande diretor e produtor de televisão, daqueles… Posso até admitir que o sujeito não valesse nada, mas uma ex-companheira não deve dizer dessas intimidades ao público. As pessoas se revelam rasgadamente a partir do que dizem. E quem fala assim? Pessoas frustradas, “pequenas”. Não é o salário “baixo”, de 37 mil por mês, que leva uma pessoa a dizer que esse salário mal dá para as suas bijuterias, tampouco uma famosa atriz dizer que desejou a morte do marido. Tenhamos a razão que tivermos, nunca devemos, para que não nos conheçam nos detalhes, dizer de nossos pensamentos sobre qualquer questão que fuja aos trilhos da ética, do respeito, da educação. O pessoalzinho não sabe que a fala revela ou é mesmo ignorância ou mau-caratismo? Fala, se queres que te conheça! Que te conheça o “bafo”. Uff.

FRASE

Uma bobona, desses milhares que andam por aí rebolando em tiktoks fúteis, criticada por muitos, defendeu-se falando exatamente assim: – “Eu faço o que eu quero da minha vida”! Frase típica dos vazios, das pessoas sem talento nem educação. Grosso modo, dentro da lei, podemos fazer o que bem entendermos, mas nem tudo tem graça, respeito e dignidade. Qualquer um pode comer “aquilo”, mas ficará bem? Postagens revelam mais que radiografias…

VERDADE

Ontem ouvi uma frase de um veterano empresário brasileiro e com ele concordei. Ele disse que nada revela mais a baixa qualidade de uma empresa quanto a alta rotatividade. Perfeito. Contratações apressadas, sem a devida e atenta entrevista, sem currículo prévio e bem avaliado, sem treinamento nem presenças “educadoras” pelos corredores, é o que anda por aí. Mas os irresponsáveis querem lucro. Resultado: poucos clientes, atendimentos precários, ambientes tóxicos e… Falência à vista. Não existe Procon para a incompetência.

FALTA DIZER

O dia favorito dos molengas da vida é o amanhã. Amanhã eu faço, amanhã eu começo, amanhã eu vou dar um jeito, isso e mais aquilo, sempre amanhã. No calendário das pessoas de sucesso, seja para o que for, não existe o amanhã, existe o hoje assentado sobre o aqui e agora. Amanhã eu continuo…

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.