Um projeto da PUC-Campinas que estuda a castração de capivaras pode ser aplicado nos parques de Campinas (SP) e virar uma alternativa no combate à febre maculosa. As informações são do portal G1.
A iniciativa busca reduzir o nascimento de novos filhotes do roedor e, consequentemente, limitar a manutenção da bactéria que contamina o carrapato, principal transmissor da doença.
A febre maculosa ganhou evidência depois que quatro pessoas que estiveram em um evento em Campinas (SP) foram contaminadas e morreram.
Segundo a universidade, eliminar as capivaras, seja pela remoção para outras áreas ou por meio da eutanásia, não é uma opção e pode até ser prejudicial por desequilibrar o ecossistema
A relação entre a capivara, o carrapato e a Rickettsia rickettsii, bactéria causadora da febre maculosa, é como um ciclo. Ao ser picada por um carrapato contaminado, a capivara pega a doença e inicia um período de infecção.
A capivara não manifesta sintomas, mas o período é suficiente para que seja picada por carrapatos não contaminados que, por sua vez, contraem a bactéria e podem levá-la para outros animais.
Atualmente, o projeto está em fase de estudos. A intenção é implementá-lo nos parques da cidade.
Só que, para isso, a prefeitura precisa de autorização de manejo da população dessa espécie. A solicitação é feita para o governo estadual.
Eliminar as capivaras, seja pela remoção para outras áreas ou por meio da eutanásia, não é uma solução, de acordo com a PUC.
No primeiro caso, o ambiente pode ser recolonizado, como já ocorreu na Lagoa do Taquaral. O segundo pode ser ainda pior, gerando um desequilíbrio ambiental da área.
A Universidade de São Paulo (USP) divulgou nesta quarta-feira (14) que avança em pesquisas para desenvolver uma vacina que poderá controlar a população do carrapato-estrela, principal transmissor da febre maculosa. A ideia é que o controle seja feito por meio da imunização de animais hospedeiros, como capivaras, cavalos e bois.
O estudo revelou que o carrapato, após picar outros animais, só sobrevive por conta de uma proteína que ele mesmo produz. A pesquisa constatou que se os carrapatos não tiverem um número expressivo dessa proteína, morrem. É nesse combate à proteína que a vacina poderá exercer um papel fundamental na mira do transmissor.