O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, defendeu nesta segunda-feira que o Brasil dê benefícios fiscais para a produção de carros elétricos que sejam produzidos nacionalmente. Mercadante criticou o fato de que a importação de veículos elétricos é desonerada, mas não a produção nacional.
As informações são do Jornal O Globo. Mercadante participou de um seminário sobre crédito na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Ele falava para um público formado majoritariamente por empresários e representantes de entidades da indústria. No seminário, ele defendeu que o BNDES aumente seu papel no fomento à industria, em linha com uma visão econômica desenvolvimentista, que preconiza o papel indutor do Estado na economia.
“Os Estados Unidos está dando US$ 7 mil para o automóvel elétrico produzido nos EUA e nós estamos dando imposto zero para importar automóvel elétrico (…) Não faz sentido o Brasil desoneraer a importação e taxar a produção doméstica, temos de buscar outro modelo porque quem gera emprego, paga impostos, paga a maior taxa de juros do mundo não tem benefício e o carro pronto de fora vem desonerado” afirmou Mercadante.
Ele defendeu a adoção de uma cota para importação de de veículos elétricos, com redução progressiva, para estimular as montadoras a produzir localmente os elétricos.
O banco vai levar o tema ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), órgão interministerial que formula as políticas públicas para o setor industrial
Em pouco mais de uma hora de evento, Mercadante ouviu uma série de pedidos para que o banco retome o chamado “cartão BNDES”, que concede crédito pré-aprovado para aquisição de bens e serviços a empresas, em especial as de micro, pequeno e médio portes.