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Vídeo: Explosão rompe hidrelétrica na Ucrânia. Rússia e Ucrânia trocam acusações

Barragem foi rompida nesta terça-feira - Reprodução/Governo da Ucrânia

Por: Pedro Leal

06/06/2023 - 09:06

A situação na Ucrânia se agravou nesta terça-feira (6) depois que a barragem da usina hidrelétrica de Nova Kakhovka foi rompida por uma explosão, inundando a cidade de Nova Kakhovka e ameaçando o funcionamento da central nuclear de Zaphorizhzhia – a maior da Europa.

As informações são da Reuters.

Atualmente, a região é controlada pela Rússia. Rússia e Ucrânia trocaram acusações sobre a autoria do ataque.

A explosão aconteceu na barragem de Nova Kakhovka, na região de Kherson. Segundo a agência estatal russa RIA, 22 mil pessoas podem ser afetadas. Já o governo da Ucrânia disse que 80 povoados podem ser inundados.

A barragem foi construída em 1956, com um reservatório de 18 km³. O reservatório fornece água para a Crimeia e para a usina de Zaporizhzhia, ambas em território controlado atualmente pela Rússia.

O nível da água subiu 5 metros depois da explosão, e moradores do entorno do rio Dnipro, por onde passa a barragem, já deixaram suas casas, que ficaram alagadas.

O governador de Kherson, ligado ao governo da Ucrânia, disse que a água pode atingir níveis críticos nas próximas horas.

A agência estatal de energia atômica da Ucrânia afirmou que a explosão da barragem coloca em risco a usina nuclear de Zaporizhzhia, que usa a água do reservatório para segurança da operação. No entanto, segundo a agência, a situação está sob controle.

A agência estatal de energia hidrelétrica da Ucrânia adiciou que a usina de Kakhovka foi totalmente destruída depois de uma explosão na sala de máquinas, não podendo ser restaurada.

Acusações

Após a Ucrânia anunciar que a barragem havia sido alvo de sabotagem por parte da Rússia, o prefeito da cidade onde fica a usina, ligado ao governo russo, negou a explosão e disse que tudo estava “quieto e calmo”.

No entanto, o prefeito mudou a versão momentos depois, afirmando que a barragem tinha sido alvo de um bombardeio. Ele classificou o caso como um “sério ato terrorista”, acusando a Ucrânia.

Agências de notícias da Rússia afirmam que a barragem foi destruída por uma série de bombardeios ucranianos.

Já as autoridades ucranianas afirmaram que o presidente Volodymyr Zelensky convocou uma reunião de emergência para discutir a destruição da barragem.

A inteligência militar da Ucrânia disse que o caso é um crime de guerra.

“Os ocupantes explodiram a represa do reservatório de Kakhovka em pânico – este é um ato óbvio de terrorismo e um crime de guerra, que será provado em um tribunal internacional”, disse em comunicado.

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).