“Será que vai abrir mais uma farmácia?”
A pergunta é recorrente de muitos criciumenses. Em cada bairro, esquina. Na área central da cidade mesmo, nem se fala. Criciúma já está sendo apelidada de a “terra da farmácia”.
Somente uma grande rede escolheu a cidade recentemente e abriu duas lojas nos últimos meses, a menos de três quilômetros de distância. E se tem algum terreno baldio indicando um início de obra, pode apostar: pode ser que seja mais uma nova farmácia “brotando”.
E cada vez a oferta de produtos é da mais variada, com destaque para o crescimento de beleza e cosméticos. Umas têm até refrigerador.
Conforme aborda o Portal Olist, antes, farmácias e drogarias eram vistas como espaços para curar doenças e aliviar a dor.
“Hoje, a missão é muito mais ampla. Elas passaram a desempenhar papéis relacionados à prevenção, bem-estar e cuidados pessoais. As farmácias têm se tornado um ponto de conveniência para muitas pessoas. Oferecem produtos de categorias diversas, que vão muito além dos itens tradicionais. De higiene e dermocosméticos a alimentos, ortopedia e até cuidados com o pet”.
Os maiores varejistas farmacêuticas do país têm uma seção exclusiva para a categoria Infantil e suplementos, devido ao “boom” das atividades físicas também mais presentes, observou o blog.
Segundo o IBGE, a expectativa de vida no Brasil atingiu sua maior média histórica: 76 anos, observa ainda o site. A previsão é de que o número de idosos triplique no país até 2050. Com isso, pessoas com 60 anos ou mais serão 30% da população total.
Vamos ao número
Segundo a Diretoria do Desenvolvimento Econômico, Tecnologia e Inovação da Prefeitura de Criciúma, são 170 estabelecimentos do setor na cidade, uma média de farmácia para cada 1,4 mil habitantes.
Ou praticamente uma por bairro, com demanda maior, claro, para a área central e regiões comerciais. Em Criciúma, são 92 bairros, três vilas e o Distrito de Rio Maina, por exemplo.
Conhecida também como a “terra do X-Salada”, o número de farmácias ganha – quase triplica -, dos de lanchonetes que comercializam a “típica iguaria criciumense” com muito milho e maionese caseira, que somam 55 estabelecimentos do gênero alimentício.
Motivos que levaram ao crescimento do setor farmacêutico
As principais explicações para o avanço do mercado farmacêutico no Brasil, de acordo com pesquisa realizada pela IQVIA, são a ampliação de serviços clínicos, a aplicação de testes rápidos, as vacinas, e os testes de pressão arterial e de glicemia.
O aumento de vida da população, junto com a pandemia do coronavírus também fez com que as pessoas necessitassem ainda mais dos serviços e produtos de laboratórios e do novo mix de ofertas que entraram na realidade das farmácias e drogarias.
Mais vendidos
Entre as categorias de medicamentos mais vendidos, antidepressivos e reguladores de humor ficaram em 1º lugar, segundo o Farmácias APP, com 4,4% do faturamento total do mercado farmacêutico.
Os analgésicos não-narcóticos e antipiréticos aparecem na sequência, com 3,6%, seguidos de preparos para regulação de colesterol e triglicérides, com 3,3%, antiulcerosos com 2,9% e, por último, antirreumáticos sem esteroides com 2,7%.