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Adeus, tia Chica! – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

22/04/2023 - 06:04 - Atualizada em: 24/04/2023 - 11:08

Ando até aqui de ouvir hipócritas erguendo (falsamente) a voz contra as desigualdades sociais. O que é desigualdade social? Uns têm, outros não têm, é isso? Ou será uns são e outros não são? A pessoa precisa ser muito ingênua ou hipócrita para vir com essa conversa do – “Temos que acabar com a desigualdade social”! Primeiro: é impossível esse “sonho” ou hipocrisia. Há pessoa que estão na m… mas não querem sair de onde estão. Isso já foi confirmado inúmeras vezes por candidatos à presidência americana. Candidatos ofereciam aos “mendigos” (hoje hipocritamente chamados de cidadãos em condição de rua) ofereciam abrigo para às noites, banho, comida e cama confortável… A estupenda não aceitava. Por quê? Porque aceitar essa oferta se lhes afigura como “compromisso” e compromisso não, eles não admitem. Querem vadiagem. Se alguém duvidar faça a mesma proposta no Brasil, na Cracolândia, em São Paulo, por exemplo… A questão é muito objetiva. Se alguém se achar em condições “menores” diante de muitos outros, ninguém impede essa pessoa de estudar, de qualificar-se para um trabalho e de sair decidida para a luta. – “Vou mudar a minha vida e sair do atoleiro”! Malgrado todos os problemas históricos por que já passamos, até hoje neste nosso Brasil de Todos os Santos, ninguém foi proibido de estudar, de decidir por uma vida melhor e por atingi-la. Diga-me, quem foi proibido? Uma pessoa motivada e preparada para alguma coisa na vida sabe que acreditar em sorte é coisa dos minguados, melhor e com amplas melhores garantias é acreditar na fé pessoal e nos milagres do “suor”. Quem se prepara alcança. Quem fica esperando pela oportunidade e só depois de ela aparecer se coça é coisa de frajolas que nem merecem atenção. Tive um colega, repórter, trabalhamos juntos na Rádio Guaíba, que era muito gozado pelos outros companheiros. Debochavam dele por várias razões. Pois esse sujeito botou na cabeça de estudar vocabulário e depois disso a provocar os que o debochavam. Sabia mais de vocábulos que os dicionaristas. Ficou na “História”. E calou a boca dos debochados de até então. É assim que se faz para nos “desigualarmos” do rebanho. Acabar com as desigualdades com ações políticas é coisa de mentirosos, sonsos… Ou nós nos fazemos “desiguais” para melhores ou adeus, tia Chica!

AJUDAS

De gente que só fica esperando… Andamos até aqui. Assunto antigo, escolas públicas. Depredadas, sem pinturas, mesas e cadeiras quebradas, pinturas por fazer, luz elétrica daquele jeito e… Os pais que bem podiam ajudar não se coçam. Pais pedreiros, pintores, eletricistas, jardineiros, “doutores”, todos, bem que podiam nos fins de semana dar uma mãozinha para melhorar o ambiente escolar dos filhos. Certo? Nem pensar. Então, não se queixem depois…

MODA

Povo que não se respeita importa a linguagem dos povos admirados… Tipo Brasil. Empresas brasileiras estão adotando a expressão estadunidense Soft Skills, que outra coisa não é senão etiqueta e boas maneiras; educação, em resumo, no ambiente de trabalho. Só que essa educação devia começar dentro de

casa, com papais e mamães educando os filhos, mas se o fizerem… Pobres crianças. O que anda por aí são pais e mães de “cio”… E olhe lá!

FALTA DIZER

Como há gente trouxa no mundo. Muitos estão agora vendendo a ideia, e trouxas acreditando, que serão possíveis consultas psicológicas pelos ChatGPTs da vida, por computadores “inteligentes”, enfim. Paspalhos. Sensibilidade, compreensão, individualismo e humanismo jamais vão ser processos eletrônicos. Respostas padronizadas, eletrônicas, ainda que pareçam pessoais, serão sempre embustes para pegar ingênuos. Ou trouxas.

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.