Pela primeira vez, as exportações de barcos e iates superaram as importações do setor, segundo a Associação Brasileira dos Construtores de Barcos e seus Implementos (Acobar).
No ano passado, as exportações do setor bateram recorde e somaram US$ 30,1 milhões, volume quase quatro vezes superior às importações (US$ 7,6 milhões).
Em 2021, o país já havia exportado quase a mesma cifra (US$ 29,9 milhões), mas as importações no ano chegaram a US$ 75,7 milhões.
A expectativa da entidade é de crescimento anual de cerca de 20% só com exportações.
Em fevereiro, ao menos seis empresas brasileiras expuseram no Miami Boat Show, o maior evento náutico do mundo – algumas empresas estariam importando até 40% de sua produção.
Em março, pela primeira vez, a marca italiana Azimut Yachts, que produz iates em Itajaí (SC) desde 2010, exportou para a Itália uma unidade do megaiate 27 Metri, embarcação de luxo que no Brasil custa a partir de R$ 54 milhões.
A meta da Azimut do Brasil é exportar 35% da produção este ano, estimada em 42 barcos. O volume deve superar R$ 500 milhões.
O maior foco de produção é Itajaí, que concentra 29 empresas do setor. Juntas, elas geram 1.100 empregos diretos, e que em 2022 contribuíram com R$ 611 milhões em impostos.
“De cada dez barcos produzidos no Brasil, sete saem de Itajaí”, diz o secretário de Desenvolvimento Econômico da cidade, Thiago Morastoni. Ele estima que, desse volume, entre 25% e 30% são destinados à exportação.