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Em discurso, Lula culpa videogames por violência nas escolas

Valorant, parte do cenário de esports. Divulgação/Riot Games.

Por: Pedro Leal

19/04/2023 - 08:04 - Atualizada em: 19/04/2023 - 08:42

Em discurso nesta terça-feira (18), o presidente Luíz Inácio Lula da Silva (PT) culpou jogos de videogame pela onda de violência nas escolas.

De acordo com o chefe do Executivo brasileiro, esse é um dos motivos para o crescimento da violência no âmbito escolar e infantil no país.

“Não tem jogo, não tem game falando de amor, não tem game falando de educação, é game ensinando a molecada a matar. E cada vez muito mais mortes que na Segunda Guerra Mundial. […] Eu duvido que não tenha um moleque de oito anos, dez anos, 11 anos, 12 anos que não esteja habituado a jogar essas porcarias. E mais, hoje a molecada joga com gente de outro país. Passam noites jogando. E tudo isso resulta nessa violência aí no meio de crianças”, afirmou.

O discurso repercutiu pelas redes sociais, e é similar ao expressado pelo deputado Zé Trovão (PL-SC) na última semana, pedindo para que o presidente “suspenda” a comercialização de “jogos violentos” no país.

Segundo Zé Trovão, “o agressor [de Blumenau] teria utilizado um chat de jogos violentos para se comunicar com outras pessoas antes de cometer o ataque”. Essa informação surgiu em um rumor que ganhou força nas redes sociais pouco depois do massacre.

A Polícia Civil de Santa Catarina, responsável pela investigação do crime, não confirmou a relação entre o atentado e comunidades de jogos online. A perícia feita no celular do autor do massacre não encontrou evidências de jogos no dispositivo.

O pedido de suspensão feito por Zé Trovão aguarda despacho do presidente da Câmara dos Deputados.

O filho mais novo do presidente, Luís Cláudio Lula da Silva, declarou que o pai “generalizou” ao relacionar ataques em escolas aos jogos de videogames.

Apoiador de Lula nas redes sociais, o youtuber Felipe Neto foi outro a criticar o discurso do petista, considerando ele um erro “grotesco”.

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).