Sim, essa é uma das leis da vida. Não podemos ter tudo. Sempre que conquistamos alguma coisa de alguma outra coisa vamos precisar abrir mão. Tenho várias ideias na cabeça para ilustrar essa afirmação, mas me vou prender mais imediatamente nos casamentos. Impossível casar e continuar “solteiro”. Solteiro num sentido figurado ou nem tanto. Muito do que fazemos quando solteiros não vamos continuar fazendo depois de casados. Não vamos ou não devemos. Leio atentamente sobre essa gentalha que anda por aí, muitos famosos, famosos de araque, mas famosos, gente até com dinheiro, isso e mais aquilo, mas… Serragem na cabeça. É visível. E quando esse tipo de gente se junta (casamentos de aparência) é questão de contar os dias para o divórcio. Dia destes, um casal de famosos separou-se, mais um… Ele era mais caseiro, ela era mais festeira, “saideira”, pelo menos no que foi comentado. Ora, casaram sem saber disso um do outro? No caso de quem gosta de viver em festinhas, no caso delas, e no jogar futebol, no caso deles, cuidado. Sem essa de na sexta-feira o maridão está livre para ir jogar futebol de salão com os amigos, sem essa. Acabou a festa, compadre! Ou no caso dela, sem essa de continuar arrastando a saia toda vez que pintar uma festinha. Para tudo na vida, felizmente ou infelizmente, ao ocuparmos esta ou aquela posição, seja no que for, de alguma coisa vamos ter que abrir mão. Se a pessoa não estiver consciente disso ou não estiver disposta a abrir mão de certas liberdades depois do casamento ou da vaga ocupada em algum trabalho, vai haver encrenca. Sem essa de que na minha vida mando eu ou então dizer que – “sempre fiz assim”. Sempre até ontem, até o dia do casamento ou de um novo emprego ou de um cargo político, religioso, desportivo, o que for. Conquistas sempre exigem renúncias de alguma coisa. Ou isso ou o que anda por aí, gente transtornada, inconfiável ou depressiva por imaginar que o outro, marido, mulher ou patrão, são ditadores indevidos em suas vidas. No caso do casamento, 50% do que a pessoa era até então tem que ser deixado lá fora. Lá fora mesmo… Mas como a maioria quer casar continuando solteira, dá nisso que anda por aí…
ESCOLAS
Escolas públicas são de responsabilidade de Brasília, os Estados administram, mas… É preciso dinheiro, investimentos sem disfarces de uma vez por todas no ensino público. As escolas particulares são estabelecimentos comerciais, têm sua renda, mas as escolas públicas têm sido “esquecidas”, intencionalmente, pelos desgovernos. Agora falam em psicólogos nas escolas, guardas armados, treinos especiais para professores, lazeres para desestressar os alunos… E a grana, Brasília vai mandar? Chega de mentiras!
DEZ
Li na Folha que o governo de São Paulo vai contratar um psicólogo para cada 10 escolas… Não posso acreditar. Uma conversa com um psicólogo, seja onde for, não pode durar menos de 40 minutos. E são milhares de alunos. Não existe solução psicológica num breve aperto de mão. Não sabem disso as “autoridades”? Ademais, fique claro, psicólogos em escolas são apenas para diagnosticar problemas… O mais é com a família, os irresponsáveis, maioria…
FALTA DIZER
Reportagem da Zero Hora, Porto Alegre. História de um rapaz, Jackson, 19 anos, que nasceu com uma malformação nos dedos das duas mãos. Sem os dedos? Pois é, mas o rapaz, bravo, obstinado, aprendeu e tocar gaita, sanfona, como um virtuose. Superou-se pelo brio, pela vontade. Enquanto isso, a maioria não liga o ventilador. Aplausos, Jackson!
