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Choque séptico: saiba o que é, quais são as causas e riscos do quadro de Preta Gil

Foto: reprodução redes sociais

Por: Elisângela Pezzutti

17/04/2023 - 13:04 - Atualizada em: 17/04/2023 - 13:20

Em meio a tratamento contra um câncer no intestino, a atriz e cantora Preta Gil revelou no domingo (16), que está afastada das redes sociais em função de um quadro de sepse que sofreu.

Ela conta que no dia 23 de março passou por uma septicemia, que é um choque séptico causado por uma bactéria que entrou no seu organismo. “Existem algumas possibilidades para que essa bactéria tenha entrado no meu organismo. A mais latente, a que os médicos acham que pode ter sido, foi através do meu cateter, que eu fazia quimioterapia. Eles acham que pode ter sido por ali”, disse Preta.

A infecção generalizada, tecnicamente chamada de sepse, pode se espalhar rapidamente e provocar impactos nocivos em diversos órgãos. Em média, 11 milhões de pessoas morrem devido ao problema a cada ano no mundo.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Infectologia, a sepse é a principal causa de óbitos dentro dos hospitais, com cerca de 670 mil casos em adultos por ano e 240 mil óbitos.

Veja como ocorre o quadro de choque séptico

No intuito de combater a infecção, o organismo provoca mudanças na temperatura, pressão arterial, frequência cardíaca, contagem de células brancas do sangue e na respiração. Caso o paciente não faça um tratamento adequado, pode haver parada cardíaca e falência múltipla dos órgãos, que levam a pessoa à morte.

A sepse pode afetar qualquer órgão, sendo comum em pacientes internados em hospitais. Medidas de higiene e cuidados básicos de saúde contribuem para prevenir a condição. De acordo com o Ministério da Saúde, o risco pode ser diminuído, principalmente em crianças, quando pais ou responsáveis seguem o calendário de vacinação.

A infecção de origem da sepse pode ser bacteriana, fúngica, viral, parasitária ou por protozoários, mas os focos mais comumente relacionados à sepse são a pneumonia, a infecção urinária e a infecção abdominal.

Como a doença pode se espalhar rapidamente pelo organismo, as primeiras horas de tratamento são consideradas cruciais para o controle. O Ministério da Saúde orienta que os pacientes devem receber medicamentos antimicrobianos – a chamada antibioticoterapia, o mais rápido possível. Para tentar identificar o agente causador da doença, devem ser coletadas amostras de sangue e de locais com suspeita de infecção.

Fatores de risco

Qualquer pessoa pode desenvolver sepse. Porém, a doença pode ser mais grave para grupos considerados risco, como os bebês prematuros e crianças menores de um ano, idosos acima de 65 anos, pacientes com câncer, Aids ou que fizeram uso de quimioterapia ou outros medicamentos que afetam as defesas do organismo.

O risco também é maior para pacientes com doenças crônicas, como insuficiência cardíaca ou renal e diabetes, usuários de álcool e drogas e pacientes hospitalizados que utilizam antibióticos, cateteres ou sondas, além de transplantados.

Sintomas e diagnóstico

A sepse pode acontecer de diversas formas e com sintomas que estão associados ao mau funcionamento de diferentes partes do organismo.

Sintomas como febre muito alta, aumento da frequência cardíaca, respiração acelerada ou sintomas como confusão, agitação, alteração do nível de consciência, dificuldades para respirar, diminuição da quantidade de urina e pressão baixa são indicativos de que um paciente pode apresentar um quadro de infecção generalizada.

O diagnóstico da sepse é feito com base na identificação do foco infeccioso e na presença de sinais de disfunção de órgãos. Apesar de não existirem exames específicos, podem ser realizados exames que identificam a causa de infecção, além de hemograma para detectar a origem do foco, radiografia de tórax e exames de urina.

 

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Elisângela Pezzutti

Bacharel em Comunicação Social pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Atua na área jornalística há mais de 25 anos, com experiência em reportagem, assessoria de imprensa e edição de textos.