Na manhã deste sábado (15), familiares, amigos e pessoas sensibilizadas com a morte do jovem David Wilhian Chaves, de 23 anos, realizaram uma motociata para homenageá-lo, em Guaramirim.
Ele perdeu a vida há quase seis meses, em um acidente causado por um motorista embriagado na SC-108.
O grupo iniciou a motociata na rua 28 de Agosto, em frente ao Guará Lanches, onde David trabalhava.
Depois, passaram pelas ruas Henrique Friedman, Vereador João Pereira Lima, João Butschardt e seguiram até a rodovia SC-108.
Com cartazes, os manifestantes pediam por justiça. De acordo com a mãe da vítima, Nilce Wieczynski, o motorista que causou o acidente, um jovem de 22 anos, ficou preso por cerca de dois meses e, depois, foi liberado.
Audiência
A primeira audiência do caso está marcada para o dia 19 de abril e, devido à aproximação da data, amigos e parentes decidiram realizar a manifestação.
“Lidar com esse sentimento é muito difícil. A cada dia que passa parece que a dor não diminuir, só aumenta. Eu imagino ele todo momento junto comigo. Ele era muito apegado a mim”, lembrou Nilce.
Ela também destaca que a motociata serve para reforçar a luta por justiça.
“Isso é para mostrar que ele não está sozinho. Ele não estava nem a 200 metros de casa. Aí, vem um cara e tira a vida dele. Tirou como se fosse a de um animalzinho na rua. Como vai chegar essa audiência no dia 19, nós queremos fazer pressão para ver se isso é resolvido. Porque foi uma vida que ele tirou”, disse.
Motoboys
Um representante dos motoboys que participaram do ato chamou a atenção para a falta de respeito com a categoria.
De acordo com ele, os motoboys são criticados pela sociedade, mas correm muitos riscos durante o trabalho e também são pais, filhos e maridos.
Marcha do Silêncio
Organizadora da Marcha do Silêncio, um movimento que luta contra a violência no trânsito, Sueli Mader também esteve presente à motociata.
“Seis meses se passaram desde o dia em que uma mãe, um pai, uma irmã, toda a família perdeu um ente querido, como tantas outras famílias. Até quando?”, indagou.
Ela discursou para os presentes e também pediu por justiça. Por fim, parabenizou a família pela coragem de fazer o chamado à sociedade para refletir sobre a violência no trânsito.
“Esperamos que o ato de hoje não só tenha trazido um alento à família, mas também tenha ecoado até os responsáveis por fazer valer a lei, como um pedido de socorro a tanta impunidade que vem acontecendo pelo país”, finalizou Sueli.