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Eu quero

Por: Luiz Carlos Prates

26/07/2016 - 07:07 - Atualizada em: 26/07/2016 - 07:38

Não sei se sonhei ou se vi a frase num parachoque de caminhão. Não importa, o que importa é a frase. Dizia assim: – “O segredo do sucesso: Eu quero”. Sim, é verdade, mas também não é verdade.
E antes que você me diga que é impossível que alguma coisa seja e deixe de ser ao mesmo tempo e sob o mesmo ponto de vista, digo que você tem razão. Mas neste caso é verdade, quando digo a mim mesmo – eu quero – passo a lutar com forças especiais, até então desconhecidas dentro de mim. Vale para todos nós.

Ocorre, todavia, que essa mesma força que me pode levar ao paraíso de chegar ao que quero/desejo na vida, também me pode levar ao inferno. Quem não sabe que o caminho mais curto para a infelicidade é o “querer”, é o desejar? São verbos demoníacos, eles tanto nos podem levar aos picos do Everest da vida quanto às profundezas do inferno dos sofrimentos.

Tanto é verdade isso que digo que muitos povos antigos, os budistas entre eles, pregaram e pregam o desapego, o que não significa nada desejar na vida. Mas desejar com moderação e uma vez conquistado o desejo não ficar a pessoa na dependência dele. São sutis as diferenças, mas dessas sutilezas resultam ou o bem-estar ou as inquietações na vida.

Os textos religiosos mais antigos sempre nos alertaram para não cairmos em tentação. E o que são as tentações? São desejos sobre coisas boas, agradáveis, que nos sorriem para um falso paraíso de felicidades. Uma vez caídos na tentação, descobrimos o inferno, Adão que o diga, ele caiu em tentação no paraíso ao dar ouvidos a serpente que lhe prometia o mesmo poder de Deus… Foi Adão, de uma vez por todas. Os misóginos disseram que foi Eva quem comeu a maçã. Canalhas, eles sabem que não foi…

Enfim, vim até aqui para dizer, leitora, que desejar, querer, são verbos perigosos, eles tantos nos podem ser os mocinhos do filme da nossa vida quanto os definitivos vilões. A sagacidade é saber quando devemos dizer com ênfase – Eu quero. De minha parte, não quero nem lembrar das últimas vezes em que nos porões e segredos da minha mente eu disse isso, melhor virar a página…

VENDAS
Um amigo meu, da área de marketing e vendas, contou-me, suspirando, que as vendas de anúncios publicitários estão difíceis… Sugeri a ele que diga ao pessoal do comércio que – “Parar de anunciar também gera vendas. Muitas empresas, lojas, foram vendidas baratinho por causa disso…”. Sutil? Nem tanto. Só um sujeito muito paspalho para deixar de anunciar exatamente no momento mais decisivo das publicidades. E eu seria um estúpido se dissesse isso por ser jornalista, digo isso porque é a mais sacrossanta verdade. Quem anuncia, vende. E vende mais, bem mais.

FALTA DIZER
Já é tempo de aparecer um grupo de machos neste país, não desses que andam por aí, travestidos de autoridades, para bater na mesa e devolver às professoras o poder nas escolas. Disciplina e punições severas aos vagabundos/desordeiros de sala de aula. Já.

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.