Se você der um tapa na cara de uma dessas “autoridadezinhas” que andam por aí, vai se incomodar ou pode se incomodar. Se der um chute nas canelas de um desses “doutores” que pensam ter o rei na barriga, bem que pode se incomodar… E se uma vagabunda de menor idade, classe média, der um soco na cara de uma professora, o que vai acontecer? Nada.
Vi a notícia em destaque num site de “poderosa” emissora de televisão. Uma professora saiu da escola, escola pública, e quando passava por uma praça central em Porto Velho, Rondônia, foi cercada por alguns “estudantes” e uma aluna bateu na professora, sangrando-a. O que aconteceu à ordinária vadia? Nada.
E isso ocorre todos os dias e em todas as cidades brasileiras, eu disse, todas. Punição aos delinqüentes bandidos de menor idade nenhuma. Tudo fica na base do “vamos conversar”. E as professoras continuam a ser gravemente desrespeitadas e surradas.
Aliás, nessa reportagem da “grande” emissora de televisão disseram de tudo, mas não contaram as razões da agressão. É sempre assim, os covardes não querem “incriminar” os jovens, os “pobrezinhos” indefesos e sempre com razão. Jornalistas covardes.
É claro que a professora deve ter dado alguma admoestação à aluna ordinária ou uma nota baixa, de acordo com os saberes da vadia, e daí resultou o cerco à professora e a agressão conseqüente. Até quando isso vai assim? Até o dia em que esse país tiver pais a educar os filhos e machos a administrar o Brasil. A cada um segundo suas obras, não é assim que prega a ordem da vida? Que seja assim, à risca. Qualquer delito, do tipo que for, do tamanho que for, cometido por quem quer que seja, precisa ter a punição adequada. Mas não, neste país de ordinários que o administram, de pais pífios e de diretoras de escola que não jogam o jogo das professoras indefesas, tudo vai continuar como está, de mal a pior.
Mas a professora agredida pode ser defendida, mais tarde… Alguém pode “procurar” a agressora quando ela menos esperar e ter com ela uma boa “conversa”… E as boas “conversas” são inesquecíveis… Certas alunas precisam de “boas” lições… Chega de professoras apanhando e sem defesa de ninguém.
Mantra
Não me afasto: “Não existe professora que não goste de bom aluno”. Quando o aluno/a chega em casa justificando admoestações em sala de aula ou notas baixas e diz aos pais que a professora não gosta dele/a é mentira. Aí estará um jovem safado, uma delinqüente. E só os pais estúpidos acreditam nessa patranha de que a professora não gosta do pobrezinho/a… Dureza já!
Fim
Há quem diga, e com toda a razão, que quando um músico só se aposenta quando não há mais música dentro dele. Faz sentido. E vale para nós. Quando nos “aposentamos” – salvo por problemas de saúde, começamos a apressar o passo para o fim, para o nada mais. E dizer que há tanta gente, tanta mesmo, querendo chegar ao “fim”. Que pena delas.