O dia 11 de abril é marcado como o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson, data estabelecida pela Organização Mundial da Saúde em 1998, com o objetivo em esclarecer a doença, o diagnóstico e as possibilidades de tratamento para que o paciente tenha uma melhor qualidade de vida – uma vez que ainda não há cura para a doença.
O Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum no mundo. Sua incidência é maior em pessoas acima de 65 anos. No Brasil, estudo populacional realizado em Minas Gerais mostrou que a prevalência da doença está em 3,3% na população acima de 64 anos – ou seja, possivelmente, são 600 mil pacientes com Parkinson no país.
“Clinicamente, a doença de Parkinson se caracteriza pelos sintomas motores, como bradicinesia, rigidez, tremor de repouso e instabilidade postural. Além de sintomas não motores como alterações do sono, olfato, deglutição e transtornos afetivos e sintomas urinários”, explicou o médico neurocirurgião Dr. Cleber Roberto Paes (CRM 10.837).
Para diagnosticar de forma correta a doença, é necessária uma observação minuciosa do médico examinador, porém, muitos casos ainda necessitam da participação de exames complementares, em especial e de forma mais assertiva a Ressonância Magnética de 3.0 Teslas, serviço disponível em Jaraguá do Sul através do Centro de Imagem, do Hospital Jaraguá.
O exame realizado pela 3.0 Teslas utiliza uma nova técnica, com imagem muito superior das ressonâncias comuns e apoia o médico neurologista a chegar a um diagnóstico mais assertivo da doença, explica o tecnólogo e especialista em Ressonância Magnética, André Felipe Garcia. “Além da análise dos demais sintomas, o exame realizado pela 3.0 Teslas pode ajudar a identificar se a doença é Parkinson ou se o paciente está com um distúrbio neurológico chamado tremor essencial, que também afeta as mãos e muitas vezes é confundido com Parkinson”, observou o especialista do Centro de Imagem.
Em termos científicos, “o equipamento permite a análise da região do mesencéfalo (no cérebro), da substância nigra, nigrossoma-1, que se encontra atrofiada. Outros tipos de avaliação, como a análise da espessura da pars compacta e o grau de hipointensidade de sinal no putâmen, também podem se constituir em dados úteis a serem analisados no diagnóstico por ressonância de 3T”, explicou o Dr. Cleber Roberto Paes.
Este tipo de exame deve ser solicitado obrigatoriamente pelo médico neurologista. Trata-se de um procedimento que não é invasivo. “O exame é rápido, leva por volta de 15 minutos e pode ser realizado nesta velocidade, justamente pela tecnologia única na microrregião e também por mantermos nosso time altamente qualificado”, complementa a gerente de Diagnóstico por Imagem do Hospital Jaraguá, Rose Catarina Corezzolla.
Tratamento e cirurgia
O tratamento da Doença de Parkinson, segundo o Dr. Cleber Roberto Paes, se baseia na reposição da substância chamada dopamina, que restaura o equilíbrio do sistema de controle do movimento. Reduzindo significativamente os sintomas, principalmente nas fases iniciais da doença.
Já nas fases mais avançadas e graves, quando surgem sintomas mais difíceis de controlar (tremores mais frequentes nas mãos ou mesmo em outras partes do corpo), e que prejudicam muito a qualidade de vida do paciente, há a possibilidade da realização de técnicas cirúrgicas, se esta for a conclusão do médico neurocirurgião e a vontade do paciente.
“Novamente nos deparamos com o auxílio da Ressonância Magnética 3.0 Teslas. Os novos protocolos de aquisição de imagens em alta resolução permitem uma identificação mais precisa dos pontos de implante dos eletrodos garantindo melhores resultados funcionais”, afirmou o Dr. Cleber Roberto Paes.
Modelo inédito em SC
O Hospital Jaraguá, através do Centro de Imagem, investiu em 2022 em uma Ressonância Magnética 3.0 Teslas, um modelo inédito em Santa Catarina. O equipamento traz tecnologias que trazem mais conforto na hora de executar o exame e maior precisão nos diagnósticos, pois sua qualidade de imagem é de excelência.