Desde que foi implantado em 2017, o Programa Resgate de Fauna da Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (Fujama), tem registrado um aumento gradativo de ocorrências que envolvem o recolhimento de animais selvagens em áreas residências de Jaraguá do Sul.
No entanto, este panorama parece ter mudado neste primeiro trimestre de 2023. Segundo dados da própria Fujama neste período foram resgatados 180 espécimes, uma redução dos casos próxima a 40% relacionada ao ano passado quando foram registrados 251 casos.
Para o biólogo da Fujama e um dos coordenadores do Resgate de Fauna, Christian Raboch Lempek, não existe um fator específico que explique esta queda de casos.
“Normalmente, isto pode estar associado ao fato do pessoal ligar mais ou aparecer menos bicho. Não tem nada haver com algum evento ambiental que influencie nesta redução, mas ainda é um número bem expressivo, em torno de dois resgastes por dia”.
Lempek salienta que neste período de outono/inverno começa a diminuir o resgate de répteis como cobras e lagartos.
“Por serem animais de sangue frio eles começam a ficar mais parados, muitas vezes procuram uma toca para passar o inverno e consequentemente isso faz com que diminuam o número de ocorrências envolvendo estas espécies”.
Apesar da redução de resgate comparado no passado, foram registrados dois casos envolvendo indivíduos em perigo de extinção.
“É o caso do gato-do-mato-pequeno e do filhote de paca. O que demonstra a diversidade de espécimes que ainda habita nossa região”, ponderou o biólogo.